Cuiabá MT - O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT), neste 17º dia de greve, quinta-feira, (22/10), realizaram um café da manhã em frente ao Bradesco, na Avenida Couto Magalhães, Centro de Várzea. O objetivo da manifestação foi mostrar para os clientes e usuários do sistema financeiro que a greve dos bancários é por culpa da ganância dos banqueiros que estão tendo lucros exorbitantes explorando a população e seus trabalhadores.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), José Guerra, “o ato é para denunciar que os banqueiros estão se negando a reajustar os salários dos seus trabalhadores. Eles alegam que por causa da crise que o país vive neste momento, mas, sabemos que os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) alcançaram, juntos, o lucro de R$ 36,3 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado, o único setor da economia brasileira com toda essa rentabilidade, maior do mundo. Portanto, estamos aqui para ensinar os bancos a dividir o lucro com seus trabalhadores”, afirmou.
O empregado da Caixa e diretor do Sindicato, Luiz Edwirges, foi enfático ao cobrar dos bancos a responsabilidade social. “Buscamos invocar a sensibilidade de um setor que não se preocupada nem com o cliente e muito menos com os trabalhadores. É um setor que só se preocupa com os ganhos, em concentrar renda em detrimento da classe trabalhadora, do atendimento aos clientes e usuários que precisam de um serviço digno”, criticou o diretor do Sindicato chamando a população para uma reflexão é uma relação de dignidade e respeito entre um sistema que arrecada muito e toda uma categoria que está sendo explorada, usurpada, que é abusada no seu dia-a-dia e toda a clientela que utilizam dessa concessão pública, mais que os lucros e benefícios são privados.
17 dias de luta
Entramos no 17º de Greve e a revolta da categoria cresce junto com a greve. E não é à toa que esta é a maior greve nacional dos bancários desde o início dos anos 1990, quando conquistaram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
De acordo com o presidente do Sindicato quem definirá o fim da greve serão os bancos que até o momento só priorizam os bilhões de lucros e desvalorizam a população. “Já caminhamos para a quarta semana de greve, é preciso que a Fenaban tenha mais responsabilidade social e entenda que a categoria está disposta a continuar a greve. Que queremos mais que ganho real, queremos mais segurança nos bancos, mais contratações e melhores condições de trabalho”, reafirma, José Guerra.
Durante o Ato os diretores do Sindicato também mencionaram a situação de segurança dos bancos de Várzea Grande, que em menos de 45 dias sofrem três assaltos por bandidos armados, acontece que as agências do Itaú e do Bradesco não possuíam nem mesmo itens básicos de segurança como porta giratória com detector de metais. “Essa greve não visa apenas melhorias de salário para a categoria, visa também melhorias para toda a população. Estamos em luta pela redução das taxas e juros, mais crédito para fomentar a economia e mais segurança nas agências, pois os bancos não se preocupam com a segurança dos clientes e dos trabalhadores”, apontou o diretor do Sindicato e vereador Arilson Silva, lembrando-se da campanha do Sindicato pela aprovação da lei de segurança bancária em Várzea Grande.
Fonte: SEEB/Mato Grosso