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2 de Setembro de 2016 às 12:02

Bancários de Mato Grosso rejeitam proposta dos Bancos e vão à Greve


Crédito: SEEB/MT

Cuiabá MT - Em Assembleia Geral Extraordinária, os bancários de Mato Grosso aprovaram, por unanimidade, greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, 06 de setembro.

A assembleia de deflagração de greve foi realizada na noite desta quinta-feira, 01 de setembro, no auditório dos Bancários.

A proposta apresentada pela a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 6,5%, abaixo da inflação do período e abono salarial de R$ 3 mil, foi rejeitada.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Clodoaldo Barbosa,  os banqueiros apresentaram um proposta que impõe prejuízos e perdas salariais à categoria. “Essa proposta representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). Além disso, o índice de reajuste rebaixado significa, em um ano, uma perda de R$ 436,39 nos vales-alimentação e refeição, se levada em conta essa inflação projetada”, explica.

"Portanto, como não houve avanços na mesa de negociação, agora só a greve aprovada pela categoria e em assembleia e muita mobilização para pressionar os banqueiros apresentarem uma nova proposta",

 

Agora é greve!

A greve nacional da categoria por tempo indeterminado será a partir de 06 de setembro. Os bancários voltam a se reunir em assembleia organizativa no dia 05 de setembro. Contudo, a greve só poderá ser suspensa caso a Fenaban apresente nova proposta para ser colocada em votação.

 

CONFIRA A PROPOSTA DOS BANCOS

  • Reajuste de 6,5% (perda de 2,80% em relação à inflação de 9,57% dos últimos 12 meses) sobre todas as verbas salariais.
  • Abono salarial de R$ 3.000,00, em única parcela, que não será incorporado aos salários.
  • Piso portaria após 90 dias - 1.467,17 (incidência dos 6,5% aos valores atuais).
  • Piso escritório após 90 dias - R$ 2.104,55.
  • Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.842,96 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa).
  • PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90,. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97.
  • PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.
  • Antecipação da PLR
  • Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2017.
  • Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,50 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.
  • Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 2.153,21.
  • Auxílio-refeição - R$ 31,57.
  • Auxílio-cesta alimentação - R$ 523,48.
  • 13ª cesta-alimentação – R$ 524,48.
  • Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 420,36.
  • Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 359,61.
  • Gratificação de compensador de cheques - R$ 163,35.
  • Requalificação profissional - R$ 1.437,43.
  • Auxílio-funeral - R$ 964,50.
  • Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 143.825,29.
  • Ajuda deslocamento noturno - R$ 100,67.

 

AS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS

  • Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação.
  • PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.
  • Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
  • Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
  •  Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
  • Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
  • Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
  • Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

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