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30 de Março de 2020 às 18:49

Bancários de Dourados são contra flexibilização do decreto da Pandemia


Após divulgação do decreto e pronunciamento do Presidente da República Jair Bolsonaro, ao ser contra o fechamento de escolas e ao se referir a essa nova doença infecciosa como “um resfriadinho”, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região-MS, mostrou-se indignado com tal pronunciamento, já que neste difícil momento da pandemia de COVID-19 em todo o mundo e no Brasil, tais mensagens podem dar a falsa impressão à população que as medidas de contenção social são inadequadas e que a  COVID-19 é semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade.

A fala do presidente incentivou em várias partes do Brasil a movimentação de vários empresários que pressionaram prefeitos e governadores para flexibilizar a abertura do comercio, indústria e serviços.

Os trabalhadores, também não podem ficar expostos a essa pandemia, por isso, somos contrário a essa medida, considerando que os hospitais, médicos e enfermeiros não terão condições de atender ao número de vítimas contaminadas com o COVID-19, ocasionando portanto a morte de inúmeras pessoas.

As estatísticas e previsões estabelecem um volume grande e acentuado de casos que surgirão em um curto espaço de tempo, ocasionando um blecaute no sistema de saúde.

No entender do movimento sindical bancário de Dourados, o recolhimento é o caminho indicado para alongar o pico de contaminação assim teremos a possibilidade de atendimento médico e hospitalar para todos, diminuindo as conseqüências de mortes de pessoas.

Também concordamos que devemos ter enorme preocupação com o impacto socioeconômico desta pandemia e a preocupação com os empregos e sustento das famílias. Entretanto, do ponto de vista científico-epidemiológico, o distanciamento social é fundamental para conter a disseminação do novo corona vírus, quando ele atinge a fase de transmissão comunitária.

Em Dourados houve uma manifestação convocada pelos empresários que percorreu as avenidas da cidade em direção à Prefeitura, onde os participantes fizeram discursos pedindo a volta do expediente normal dos estabelecimentos comerciais. Houve ainda denuncia do Sindicato dos Comerciários de que alguns patrões assediaram seus funcionários, obrigando-os a participar dessa manifestação.

O ato contraria as recomendações das autoridades da área de saúde no Brasil e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que pedem para que as pessoas fiquem em casa como prevenção ao avanço do novo corona vírus.


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