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14 de Outubro de 2015 às 21:00

Bancários de Brasília fazem manifestação em frente ao Ministério da Fazenda


Crédito: SEEB/Brasília

Brasília - A greve dos bancários e bancárias chegou ao nono dia nesta quarta-feira (14) ainda mais forte. Diante do silêncio dos bancos, os trabalhadores em Brasília intensificaram o trabalho nos comitês de esclarecimento, que se concentraram principalmente no Guará e em Águas Claras, e fizeram uma manifestação em frente ao Ministério da Fazenda.

Além de dialogar com a população sobre as reivindicações da categoria, que incluem cláusulas que afetam diretamente a sociedade, o movimento tem conquistado a adesão de novos bancários para a luta. Assim, a greve, que é feita pelos trabalhadores com o apoio do Sindicato, conta com a participação cada vez maior dos bancários.

“Até o momento, a Fenaban não apresentou nova proposta. Esperamos que os bancos respeitem clientes e empregados, apresentando aos trabalhadores uma proposta que possa, no mínimo, ser discutida em assembleia”, desabafa o secretário de Finanças do Sindicato, Wandeir Severo.

Para a secretária de Mulheres do Sindicato, Helenilda Cândido, a paralisação tem apresentado uma evolução crescente e, a cada novo dia de mobilização, a adesão dos bancários tem sido maior. “Os trabalhadores têm participado ativamente da mobilização. Com um número maior de trabalhadores parados, mais locais de trabalho estão fechados, fortalecendo o movimento”, destaca ela.

 

Assembleia e manifestação

Nesta quarta, a assembleia das bancárias e bancários foi realizada em outro local. Desta vez, em frente ao Ministério da Fazenda, os trabalhadores defenderam os direitos da categoria que, desrespeitosamente, recebeu a proposta de apenas 5,5% de reajuste dos patrões.

Além da assembleia, que discutiu também os rumos da Campanha Nacional, houve ainda protesto que contou com buzinaço. 

De acordo com o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Wadson Boaventura, o ato em frente ao Ministério da Fazenda, além de ser simbólico, é também uma forma de criticar a política econômica atual. “Reforçamos aqui, inclusive, nosso desgosto quanto ao abono salarial [de R$ 2.500 oferecido pela Fenaban]. Lá nos anos 90, essa política prejudicou sobremaneira a categoria, com o achatamento de 70% da massa salarial dos bancários”, reforça.

 

No porta-malas

Nesta quarta-feira, o Sindicato recebeu denúncias de que bancários têm chegado aos locais de trabalho escondidos dentro dos porta-malas de carros. A entidade está apurando se os bancários foram obrigados a passar por tal humilhação, mas destaca, de antemão, que é direito do trabalhador participar da paralisação da categoria, que é assegurada por lei. Caso o ato tenha sido estimulado pelos gestores, o Sindicato ressalta se tratar de uma postura ilegal, passível de ação judicial.

“Nos casos de assédio moral durante a greve, procure o Sindicato para que possamos atuar de forma pontual, caso a caso. Nossa greve é legal e a lei de greve está sendo respeitada. Os bancários podem contar com o apoio da entidade contra esse mal”, afirma a diretora do Sindicato Tereza Cristina.

O Sindicato chama a atenção ainda para o fato de que os bancários não devem se sujeitar a esse tipo de situação constrangedora, que só contribui para enfraquecer o movimento, prejudicando diretamente toda a categoria.

 

Joanna Alves
Colaboração para o Seeb Brasília


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