A proposta de 8,75% feita pela federação dos bancos (Fenaban) para reajustar salários, piso, PLR, vales e auxílios, e sem abono – índice que representa perda de 1,03% – foi recusada pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa de negociação. Os representantes dos trabalhadores questionaram o valor que não repõe a inflação de 9,88% (INPC do período) e reiteraram: os bancários querem aumento real. O índice também foi reprovado imediatamente nas redes sociais na noite desta quarta-feira (21).
Depois de um longo debate na tarde da quarta-feira, a Fenaban destacou que as margens de negociação estão estreitas, mas que iria consultar os bancos para continuar a rodada nesta quinta, às 14h, depois adiaram para às 17h. Na terça-feira (20), a proposta apresentada foi de 7,5%, também rejeitada na mesa de negociação pelo Comando Nacional.
Banco do Brasil e Caixa Federal mantêm a sinalização de retomar as negociações específicas tão logo encerrada a mesa com a Fenaban.
Os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. A greve está forte e continua até que eles entendam isso. Os bancos têm de melhorar essa proposta. Outros setores da economia, inclusive prejudicados pela crise internacional como químicos e metalúrgicos, estão pagando aos seus trabalhadores reajuste que cobre a inflação.
Com data base em 1º de setembro, como os bancários, dezenas de empresas do ABC paulista – mesmo diante dos efeitos da queda na venda de automóveis e caminhões – ofereceram aos seus empregados a garantia do índice que recompõe a inflação de 9,88%.
O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus funcionários a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.