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11 de Novembro de 2016 às 06:25

Bancários apoiam Campanha "16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher"


Crédito: SEEB/MT

Cuiabá MT - O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, através da Secretaria de assuntos da Mulher, apoiará a organização dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher em Mato Grosso. 

O pontapé inicial para a organização da agenda de atividades dos 16 dias começou a ser construída, nesta quarta-feira (09/11), no Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher e Relações de Gênero (Nuepom), do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal de Mato Grosso. O Sindicato foi representado pela assessoria de comunicação.

Além do Sindicato, também estiveram presentes nesta primeira reunião, estudantes de filosofia, psicologia, serviço social e a Professora  e  fundadora do NUEPOM-UFMT,  Madalena Rodrigues, assessoria do Deputado Federal Ságuas Moraes e a secretária da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT), Marli keller, 

A campanha global da ONU nos 16 Dias, “Torne o Mundo Laranja”, começará dando destaque para o Brasil este ano; país é o quinto no ranking de assassinato de mulheres.  A campanha dos 16 Dias se inicia no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Histórico

Os 16 Dias de Ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como “Las Mariposas”, e sendo assassinadas em 1960, na República Dominicana.

Hoje, cerca de 150 países desenvolvem esta campanha. No Brasil, ela acontece desde 2003, por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema.

Segundo o Mapa da Violência 2015 (disponível aqui), estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), com o apoio da ONU Mulheres e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), o Brasil assume a 5ª posição no ranking de feminicídio, com uma taxa de 4,8 assassinatos por cada 100 mil mulheres; 55,3% desses crimes foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos assassinos eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas, segundo dados de 2013 do Ministério da Saúde.

O estudo diz ainda que houve um aumento de 54% em dez anos no número de assassinatos de mulheres negras, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013.

Dia Laranja – Em julho de 2012, a campanha UNA-SE pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, do secretário-geral das Nações Unidas, proclamou o dia 25 de cada mês como um Dia Laranja. Em todo o mundo, agências das Nações Unidas e organizações da sociedade civil utilizam esses dias para dar mais visibilidade às questões que envolvem a prevenção e a eliminação da violência contra mulheres e meninas.

Mapa da Violência – A fonte básica para a análise dos assassinatos no Brasil, em todos os Mapas da Violência até hoje elaborados, é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS).

Estatísticas internacionais – De acordo com os dados da OMS, o Brasil tem taxa de 4,8 assassinatos por 100 mil mulheres, em 2013, o que coloca o país na 5ª posição internacional, entre 83 países do mundo.

Cor das vítimas – As taxas das mulheres e meninas negras vítimas de assassinatos cresce de 22,9% em 2003 para 66,7% em 2013. Houve, nessa década, um aumento de 190,9% na vitimização de negras, índice que resulta da relação entre as taxas de mortalidade brancas e negras, expresso em percentual.

Idade das vítimas – Baixa ou nula incidência até os 10 anos de idade, crescimento íngreme até os 18/19 anos e, a partir dessa idade, tendência de lento declínio até a velhice. O platô que se estrutura no assassinato de mulheres, na faixa de 18 a 30 anos de idade, obedece à maior domesticidade da violência contra a mulher.

Fonte: SEEB/Mato Grosso com informações – Nações Unidas do Brasil


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