Terceiro e último palestrante, Eduardo Araújo de Souza, funcionário do Banco do Brasil e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, abordou temas específicos do Banco do Brasil no 11º Congresso Estadual dos Bancários de Rondônia (COBAN), e foi bem efusivo ao se referir ao Ministro da Economia, Paulo Guedes que, para ele, é o “piloto desta aeronave chamada economia”.
“O piloto da economia brasileira (apertem os cintos… o piloto não existe) disse que ‘tem que vender a p… do Banco do Brasil’. Todos vimos e ouvimos isso em rede nacional, na divulgação daquela famigerada reunião ministerial de abril, o que deixa bem claro a postura deste governo em relação aos bancos públicos. Eles querem vender, privatizar, e se não dá pra privatizar tudo agora, já estão vendendo áreas importantes dos bancos públicos”, descreveu Eduardo, explicando que mesmo com a redução da Selic, o resultado dos lucros dos bancos continuou crescente.
“E a pressão desumana em cima dos trabalhadores permanece, mesmo num momento de pandemia e crise econômica, política e social, pois quatro superintendentes regionais foram ‘convidados’ a sair porque não atingiram a taxa ideal de descomissionamento de empregados que não bateram metas. Além disso, já uma forte movimentação, por parte do governo federal, no sentido de tirar os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco da Amazônia, BNB…) das mesas de negociação com a Fenaban. E se não tivermos uma mobilização, pelo menos de consciência, vamos voltar a anos como 1995”, lembrou o sindicalista, referindo-se ao período de dezembro de 1994 a dezembro de 1996, quando foram extintos 114.557 postos de trabalho somente nos bancos brasileiros, o que representava, à época, 89,75% dos postos de trabalho do segmento. E entre dezembro de 94 a dezembro de 95, somente o Banco do Brasil, com seu Programa de Demisão Voluntária (PDV) cortou 24.711 postos de trabalho.