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16 de Outubro de 2015 às 11:02

A greve das bancárias e bancários é 10!


Brasília - Vítimas do descaso dos banqueiros, que até o momento não apresentaram uma proposta decente, bancárias e bancários de todo o país permanecem de braços cruzados. Na última quinta-feira (15), a greve da categoria chegou ao décimo dia de paralisação. Em Brasília, o movimento paredista cresce a cada dia, com expressiva adesão dos trabalhadores.

Além das atividades nos comitês de esclarecimento, bancárias e bancários participaram de dois grandes atos organizados pelo Sindicato. Logo nas primeiras horas do dia, os empregados da Caixa fecharam as unidades da Central Regional de Atendimento em Telesserviços (Cerat), localizadas na 505 Sul e no SAI. Os protestos contaram com o apoio do Sindicato.

"Até quando a Caixa vai deixar com que seu serviço fique prejudicado em cima de uma intransigência? Nós, trabalhadores, temos direito, no mínimo, que a empresa sente para conversar e até agora isso não aconteceu. Contra essa postura, as atividades serão intensificadas e, hoje, os call centers não funcionarão”, rechaça o secretário de Formação do Sindicato, Antonio Abdan, que também é empregado da Caixa.

Durante a manifestação em frente à unidade do SIA, o Sindicato recebeu denúncias de que a empresa terceirizada estava forçando seus empregados a trabalharem em local sem condições de trabalho. “Entramos em contato com o sindicato dos trabalhadores terceirizados e, caso seja confirmada lesão ao direito desses trabalhadores, atuaremos juntos, inclusive com a CUT Brasília, para não permitir desrespeito ao trabalhador”, destaca o secretário de Finanças do Sindicato, Wandeir Severo, também empregado da Caixa.



Bancários ‘interditam’ sede do BRB

Em 10 dias de greve, o descaso da direção do BRB com os trabalhadores demonstra o descompromisso do banco com seu corpo funcional. Nesta quarta, em mais um ato de afronta ao direito de mobilização dos trabalhadores, o banco recorreu ao interdito proibitório para dificultar a greve.

Em frente ao Edifício Brasília, sede do BRB, localizada no Setor Bancário Sul, bancários usaram mordaças pretas em protesto contra a direção do banco. A faixa de interditado retratou a negligência da diretoria na mesa de negociação.

No andar da Presidência do banco, o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio discursou: “estamos aqui num movimento pacífico, em respeito à lei, para mostrar à direção do BRB que não será uma determinação judicial que irá nos fazer calar. O banco recorreu ao interdito proibitório para dificultar a greve, mas não é a Justiça que determina as relações de trabalho”. 

Pelas constantes demonstrações de desrespeito à categoria, torna-se fundamental a adesão dos bancários do BRB ao movimento grevista. 

Bancário do BRB, Rodrigo Soares convidou todos os colegas do banco para a luta. “Procuro participar da greve porque é a única forma que temos de lutar pelos nossos direitos. Desta vez, o que me motivou foi a falta de respeito que a diretoria do BRB teve conosco em oferecer uma proposta de 0%”, destacou.

Joanna Alves e Rosane Alves
Do Seeb Brasília


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