“O primeiro município a ser visitado neste retorno foi Castanhal, depois Cametá e Abaetetuba, no ano passado. Agora em 2021 ampliamos esse mapa e já chegamos a mais de 40 municípios nesses 8 meses de gestão. Os roteiros das Caravanas são pensados de forma estratégica, de forma que possamos visitar o maior número de cidades em uma única viagem quando são lugares distantes da nossa sede e subsedes; e agora na pandemia, avaliamos também a taxa de contaminação e só escalamos dirigentes com a imunização completa ou que não fazem parte do grupo de risco, todos sempre com máscara e álcool em gel”, explica a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.

Como a pandemia não acabou e com a chegada da vacina, a imunização da categoria é o assunto mais comentado em todas as conversas com os bancários e bancárias que ocorrem no local de trabalho.

“Quando chegamos antes de a unidade abrir para atendimento ou após encerrar, conseguimos reunir todos os colegas, caso não, vamos de mesa em mesa, trocamos uma conversa rápida e deixamos nosso informativo onde tem também nossos contatos caso o bancário ou bancária precise falar com a gente depois. Felizmente, ainda que poucos municípios, já estão com a primeira dose garantida. Gestores municipais que reconhecerem nossa essencialidade na prática, atenderam ao nosso pedido, nosso muito obrigada; especial aos colegas que se mobilizaram nessa corrida pela vacina”, destaca a vice-presidenta do Sindicato, Vera Paoloni.

Sindicalização

“Já acompanhava o trabalho do Sindicato pela nossa classe e tinha vontade de me juntar à causa, só me arrependo de não ter feito isso antes. Hoje, sindicalizado, converso com os colegas de agência sobre a importância de ter união e firmeza nas lutas pelos nossos direitos, afinal se a gente não for à luta, quem vai por nós? Além disso, é uma forma de reconhecimento a todos aqueles que tanto se esforçaram e doaram sua energia e boa vontade para que hoje pudéssemos desfrutar de melhores condições de trabalho”, afirma o bancário recém sindicalizado, do Banpará de Itaituba, Leandro Batista.

Leandro é um dos mais de 230 bancários e bancárias que se sindicalizaram nesses 8 meses de retomada da Caravana Bancária. Paralela à Caravana acontece também a Campanha de Sindicalização e Atualização Cadastral.

“O objetivo é fortalecer ainda mais nossa categoria e nossa atuação em todo o Pará, com mais Caravanas Bancárias, por exemplo, que demandam custos de transporte, alimentação e transporte, esse último quando não é possível fazer um bate-volta. E como outra forma de agradecimento a todos aqueles e aquelas que tomam essa decisão e seguem com a gente, ao longo da nossa Campanha de Sindicalização e Atualização Cadastral estamos realizando vários sorteios”, comenta a dirigente da Contraf-CUT, ex-presidenta do Sindicato e idealizadora da Caravana Bancária, Rosalina Amorim.

Se ainda não és sindicalizado, clique aqui

Se já és, não esquece de atualizar teu cadastro aqui

Bastidores

Além das visitas nas agências, reuniões com os bancários e bancárias, a Caravana Bancária tem seus ‘bastidores’.

“O antes, parte do durante e o depois nem sempre é registrado em fotos ou vídeos e menos ainda noticiamos, mas são eventos que corroboram os desafios de fazer sindicalismo na Amazônia e no segundo maior estado em extensão territorial do país, com uma malha rodoviária que ainda não é toda asfaltada. Mas cada perrengue e imprevisto valem a pena quando conseguimos chegar até nossos colegas bancários e bancárias”, conta a diretora do Sindicato, Érica Fabíola.

No início do mês, ela, e os dirigentes Suzana Gaia e Márcio Saldanha, passaram por um incidente a caminho de Tucuruí, nordeste do Pará. “Por volta de 19h, devido às más condições da estrada, dois pneus do lado direito estouraram. Além dos dois pneus, nós três estávamos sem sinal de internet e telefonia. O Saldanha trocou um pneu e fomos rodando mais uns 2km, a uns 20 km/h até chegarmos numa vila. Lá, o borracheiro não tinha pneu compatível com a roda do carro. O dono de um restaurante, o seu Morais, emprestou o wi-fi dele pra gente, então conseguimos chamar um guincho lá de Goianésia. Resultado, a previsão era chegarmos 21h e chegamos em Tucuruí 1h30”, lembra Suzana.

Fonte: Bancários PA