No mês em que se comemora a Consciência Negra, a 30ª edição do Arte|Fato, programa promovido pelo Sindicato, apresenta uma conversa sobre o curta-metragem documental Das Raízes às Pontas, premiado como Melhor Curta pelo Júri Popular no 49˚ Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Mostra Troféu Legislativo, e Melhor Documentário no I Encontro de Cineastas e Produtoras Negras.
O programa, que será no Antiteatro 9, da UnB, na terça-feira (29), a partir das 20h, também poderá ser acompanhado ao vivo pelo canal do Sindicato no Youtube www.youtube.com/user/bancariosbsb. A apresentação é de Vanderlei Costa.
O filme aborda o resgate das raízes negras a partir dos cabelos crespos como elemento de ato político. O roteiro tem como personagem principal Luiza, uma garota que, aos 12 anos, fala com orgulho de seu cabelo crespo e sua ancestralidade.
Outros personagens, dos mais diversos perfis, falam sobre o papel do cabelo crespo contra imposições estéticas e questionam padrões de beleza impostos cada vez mais cedo. Assista ao trailer: https://vimeo.com/138198102.
O documentário, produzido e realizado pelo Estúdio Cajuína e Leni, também avalia a aplicação da Lei 10.639/03, que regulamenta o ensino da história afro-brasileira e africana nas escolas brasileiras. Entremeada com a exibição de trechos do filme, Débora Morais, umas dos roteiristas do curta, conversa sobre a temática apresentada e a produção.
Música black e sertanejo
Na música, a plateia presente no Anfiteatro 9 da UnB e o público de casa, acompanhando a transmissão ao vivo, vão conferir a apresentação da banda Seu Preto, que se qualifica como um movimento.
Precursores da Black Music em Brasília, a banda autoral e independente vem construindo, ao longo dos 20 anos de estrada, uma parte da história da música negra na cidade.
Seus integrantes participaram de trabalhos de relevância na cena local e nacional como nas brandas Plastika, BSB Disco Club, Black Brasil, NaLata, In Natura entre outras. Pela criação e gestão de grandes projetos e festivais, como o Porão do Rock, receberam o título de Comendadores da Ordem do Mérito Cultural do DF nos anos 2000.
A outra atração é Sérgio Lass. Natural Brasília, ele canta desde os 9 anos de idade, por influência da família e amigos, e aos 13 já havia montado a sua primeira banda, que em seus quatro anos de história participou de festivais e concursos. Sua segunda banda, formada quando estava com 21 anos, abriu shows de nomes como Nxzero, Restart e Scalene.
Hoje, aos 31 anos e funcionário do Bradesco, concilia suas duas carreiras: a de bancário e a de cantor solo do estilo sertanejo, por amar as raízes que o fizeram começar como artista. Para o futuro breve, prepara CD e DVD autorais a serem lançados no primeiro semestre de 2023.
Da Redação