O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Sintrafi) de Florianópolis e a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetraf) de Santa Catarina estão debatendo com os vereadores da capital catarinense os impactos que serão causados em toda população, e especialmente na categoria bancária, se o Projeto de Lei 18.459/22 for aprovado e a obrigatoriedade da instalação de portas de segurança nas agências bancárias deixar de existir.
O PL 18.459/22 visa a alteração da Lei Municipal 186/1997, que tornou obrigatória a instalação de portas de segurança nas agências bancárias. As entidades de representação sindical da categoria bancária estão visitando os gabinetes para explicar aos vereadores a importância das portas de segurança para os trabalhadores das agências e para os clientes.
“É importante que os vereadores conheçam os reflexos da alteração desta lei na sociedade e na categoria bancária. Estamos pedindo o apoio deles, para que o projeto não seja aprovado na Câmara Municipal”, observou o Secretário de Finanças do Sintrafi Florianópolis, André Luiz Alves.
Para o secretário de Políticas Sociais e coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Hennemann Jordão, o momento para o debate é bastante oportuno. “É bom que este projeto tenha sido trazido à pauta de discussões na Câmara Municipal de Florianópolis, pois as consequências da falta de segurança em locais de atendimento ao público estão vivas na memória de todos nós”, disse o dirigente da Contraf-CUT ao lembrar da morte de quatro crianças após a invasão de uma creche em Blumenau, também em Santa Catarina.
Para o dirigente da Contraf-CUT, será um contrassenso se os vereadores aprovarem este projeto, no momento em que o governador do estado e diversos municípios catarinenses e de todo o país estão propondo a segurança armada em instituições educacionais para aumentar a segurança da população.
“É o momento de fazermos pressão para que esta proposta seja enterrada e nunca mais colocada em pauta, pois não é de agora que as agências bancárias são alvo de ataques armados e as vidas de bancários e clientes são colocadas em risco”, afirmou Elias ao destacar que os bancos estão numa ofensiva em todo país para aprovar leis que desobrigam a instalação de portas de segurança. “Não defendemos uma sociedade armada. Defendemos a continuidade de dispositivos que ajudem profissionais capacitados na vigilância a manter a segurança e resguardar a vida da população”, completou.
O coordenador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) de Santa Catarina, Marco Silvano, lembrou que “as autoridades públicas têm a responsabilidade de priorizar a vida dos cidadãos”.
Fonte: Contraf-CUT, com informações da Fetrafi/SC