(Belém-PA) - Bancários, clientes e usuários do Banco do Brasil em Uruará, sudoeste do Pará, viveram momentos de pânico e tensão na manhã desta segunda (31), minutos antes de a agência abrir. Cerca de 6 homens armados com fuzis e metralhadoras chegaram atirando contra o banco, o alvo era o dinheiro da agência bancária que durante essa semana realiza pagamento dos aposentados.
Na fuga, cerca de 15 pessoas, sendo 3 vigilantes e o restante clientes, foram levados como reféns. Todos já foram libertados. Também na fuga, bandidos trocaram tiros com a polícia, uma pessoa que passava pelo local foi atingida, mas passa bem e não corre risco de morte.
No dia 5 de fevereiro do ano passado, a população do município passou pela mesma situação. “É como se fosse a mesma quadrilha, as mesmas pessoas, porque tudo foi do mesmo jeito”, disse por telefone uma testemunhas que também estava na agência durante o assalto do ano passado.
“Muitos bancários e bancárias, inclusive clientes, ainda não conseguiram sequer superar o trauma da ocorrência de 2013 e em pouco mais de um ano vivenciam a mesma cena de terror. Infelizmente enquanto os bancos e os órgãos de segurança pública não colocarem a vida das pessoas em primeiro lugar, episódios lamentáveis como esse tendem a se repetir”, defendeu a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Conforme estudo feito pelo Dieese, com base nos balanços publicados de 2013, os quatro maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco e Santander) lucraram R$ 49,5 bilhões e aplicaram R$ 2,5 bilhões em despesas com segurança e vigilância, o que representa uma média de 5% na comparação entre os lucros e os gastos com segurança.
O Sindicato dos Bancários já entrou em contato com alguns bancários do Banco do Brasil de Uruará e também com a Cassi e a Gepes, que informou que deve mandar um psicólogo até o município para acompanhar as vítimas do 11º assalto a banco registrado só esse ano no Pará.
Fonte: Bancários PA
Fotos: Márcio Abude