Nesta quinta-feira (28) aconteceu o lançamento da cartilha “Enfrentamento ao assédio moral, ao assédio sexual e discriminação no trabalho bancário”. O evento será no shopping Liberty Mall, das 19h às 21h, e a entrada é franca.
A cartilha foi pensada e idealizada por meio de parceria entre o Sindicato dos Bancários de Brasília e a LBS Advogados, que presta assessoria à entidade, e tem como objetivo esclarecer e empoderar bancárias e bancários em face dessas atitudes lesivas que atingem a categoria.
Exemplo disso é uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com o Fundo para Igualdade de Gênero (FIG) que revelou que 60,72% dos bancários entrevistados sofrem assédio moral, sendo que as mulheres são as maiores vítimas (incluindo o assédio sexual) no ambiente de trabalho, como por exemplo: diferença quanto à remuneração e ao plano de carreira quando comparados ao de homens; menor acesso a cargos de liderança; maternidade e tripla jornada; depreciação de suas características físicas, entre outros.
Entretanto, apesar do grande índice de casos, as bancárias e os bancários não confiam nos canais internos dos bancos disponíveis para denúncias e/ou, muitas vezes, não possuem ciência da possibilidade de denúncia por meio do Sindicato.
Além da dificuldade de denunciar os casos, outro ponto importante que deve ser destacado é a dificuldade de identificar o assédio, um comportamento ainda naturalizado na nossa sociedade.
Entre alguns dos tipos de assédio, podem ser citados o moral, o sexual e a discriminação – racismo, LGBTQIA+fobia, etarismo e capacitismo.
Segundo a secretária de Mulheres do Sindicato, Zezé Furtado, a ideia de elaborar a cartilha “Enfrentamento ao assédio moral, ao assédio sexual e discriminação no trabalho bancário” surgiu porque foi identificado um aumento bastante significativo nas denúncias de assédio recebidas no Sindicato, principalmente denúncias direcionadas à pasta. Dessa forma, o objetivo é orientar bancárias e bancários que sofrem e adoecem com esse mal.
“Muitas vezes a pessoa em situação de assédio sequer reconhece que é vítima. Esperamos que esse material possa trazer alento e informações relevantes para realizarmos o enfrentamento e nos livrar dessa prática horrível que ainda hoje perpassa as relações de trabalho, principalmente no ambiente bancário”, explicou a diretora.
“Vamos juntos fortalecer essa luta e eliminar essa prática. Conte conosco do Sindicato, você não está sozinha(o)”, concluiu Zezé Furtado.
Leidiane Souza
Colaboração para o Seeb Brasília