O Sindicato participou nesta terça-feira (12) do Dia Nacional de Luta por “Menos Metas, Mais Saúde”, campanha permanente da Contraf-CUT, em alusão ao Setembro Amarelo, mês de conscientização da prevenção do suicídio. A ação visa acabar com as metas abusivas e com o assédio moral, que levam ao adoecimento psíquico das bancárias e dos bancários.

Dirigentes sindicais percorreram diversas agências, de bancos públicos e privados de Taguatinga Centro e Norte, para chamar a atenção para a importância da saúde mental e física dos trabalhadores do ramo financeiro. Em conversa com os bancários, eles ressaltaram a importância do diálogo aberto e da busca por soluções para promover um ambiente laboral mais humano e seguro, que evite o adoecimento. E reiteraram que o Sindicato está de portas abertas para acolher quem estiver precisando de ajuda.

“Estamos nas ruas dialogando com os bancários e com a população para dizer que a vida está acima do lucro e que o assédio pode matar”, destacou a secretária de Saúde do Sindicato, Vanessa Sobreira.

“As doenças mentais têm aumentado muito entre a categoria bancária, uma das que têm o mais alto índice de suicídio, tudo em função da ganância dos bancos que, cada vez mais, aumentam a pressão e cobrança por metas. Por isso, estamos na rua para alertar o bancário e a população em geral sobre a importância dos cuidados com sua saúde mental, além de se informar sobre os seus direitos e as leis trabalhistas”, comentou o secretário-geral do Sindicato, Antonio Abdan.

O coordenador de Saúde da Fetec-CUT/CN, Wadson Boaventura, citou que ¼ da categoria bancária, que tem apenas 1% dos celetistas, tem utilizado a seguridade social, ou seja, o número de adoecidos entre os bancários é assustador. “A falta de vontade dos bancos de contratar mais funcionários leva à sobrecarga de trabalho e, consequentemente, ao adoecimento dos trabalhadores. Portanto, seguimos na luta para mudar esse quadro desalentador”, disse ele.

“Você não está sozinho”

Dietor da Fetec-CUT/CN, Francinaldo Costa também reforçou a necessidade da preservação da saúde física e mental dos bancários e bancárias. E avisou: “Caso se sintam constrangidos e prejudicados, procure o Sindicato. Vocês serão muito bem-vindos. Defendemos a vida acima do lucro”.

Já o diretor do Sindicato Rafael Guimarães alertou: “Ninguém precisa sofrer sozinho. Se você, bancário, estiver com depressão e em sofrimento, procure ajuda. O Sindicato disponibiliza atendimentos psicológico e jurídico”.

“Estamos exigindo dos bancos mais saúde e menos metas. Pedimos aos colegas que estejam doentes que procurem o Sindicato para que, juntos, possamos combater esse mal que vem se intensificando nos ambientes de trabalho”, disse Samantha Sousa, secretária de Administração do Sindicato.

“Juntos, vamos encontrar uma solução para reverter esse quadro que leva ao adoecimento e até mesmo pode resultar em atitudes drásticas. A nossa luta prossegue por melhores condições de trabalho e mais saúde aos trabalhadores”, acrescentou o diretor do Sindicato, Ronaldo Lustosa.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília