Diante da redução dos direitos e ataque ao emprego dos funcionários do Santander, Sindicatos dos bancários de todo o país realizaram manifestações nas portas e imediações de agências e unidades administrativas do banco Santander nesta terça-feira (30/11) contra a prática de terceirizações promovidas pelo banco, que tem aberto empresas para realocar bancários dentro de seu próprio grupo econômico.
O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) promoveu manifestação, panfletagem e reunião com os/as bancárias/os da Agência Santander Praça Alencastro, Centro de Cuiabá, para denunciar a atitude do banco espanhol, marcando, assim o Dia Nacional de Luta contra a terceirização.
"Com a abertura de novas empresas, o Santander tem realocado trabalhadores para realizar os serviços bancários, mas sem ter os mesmos direitos da categoria e com redução salarial. Através da terceirização, a empresa tenta se desvencilhar dos compromissos trabalhistas da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) dos bancários", explicou o secretário de Assuntos intersindicais e Sociais do Seeb/MT, João Luiz Dourado.
“Mesmo como o Lucro acima de 12 bilhões em nove meses, o banco espanhol descumprir a Convenção Coletiva da categoria. O Santander precariza as relações de trabalho com objetivo de reduzir salários e cortar direitos. Por isso, estamos aqui, realizando protestos em nível nacional para denunciar mais esse absurdo!”, denuncia Dourado, que também representou a Central Única de Mato Grosso (CUT/MT).
Para o representante da direção da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte – FETEC-CUT/CN, Arilson da Silva, essa atitude do Santander é mais uma forma de burlar o Acordo Coletivo da categoria. O banco reduzir os custos com mão de obra e penalizar os empregados, que além de salários reduzidos, poderão ficar sem PLR (Participação nos Lucros e Resultados), e ainda sofreram mais pressão para atingirem as metas. "O Sindicato e a Federação Centro Norte vão continuar lutando em defesa da dignidade do emprego dos trabalhadores do Santander, contra a terceirização desenfreada e contra o adoecimento da categoria", reforça Arilson que também é funcionário do Santander.
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander encaminhou uma carta ao Santander expondo a situação e, mais uma vez, solicitando negociação. O banco protela a resposta.
#SomosBancários
Em vídeo a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, ressaltou que o Dia Nacional de Luta é realizado devido às terceirizações realizadas pelo Santander de forma fraudulenta. “O banco pega os trabalhadores de áreas com TI e outras áreas importantes e os realoca em empresas que tem outra representação sindical, tirando deles o direito à Convenção Coletiva de Trabalho, do ticket refeição e alimentação, toda proteção que tem na convenção coletiva, PLR na convenção coletiva e, mais importante, tirando deles a representação do sindicato dos bancários, que são fortes e organizados no Comando Nacional dos Bancários, articulados para defender a categoria em todo o país”, disse (veja abaixo o vídeo na íntegra).