Após negociação com o Santander, o Sindicato conquistou proposta de Acordo Aditivo para adiamento do início da compensação das horas negativas – incialmente previsto para janeiro – para o mês de março. Este novo prazo está condicionado a análise futura das condições da pandemia de coronavírus, com a possibilidade de nova prorrogação. Além disso, a proposta amplia o período para a compensação de 12 para 18 meses, sendo vetado desconto em folha de pagamento até encerrado este prazo. Em caso de demissão sem justa causa ou aposentadoria, também é vetado o desconto das horas não compensadas.
A proposta de Acordo Aditivo será submetida a análise e aprovação dos bancários do Santander, por meio de assembleia virtual, a ser realizada nos próximos dias.
“Quando negociamos o acordo de banco de horas negativas, em setembro, foi previsto o início da compensação em janeiro. Porém, com a continuidade e o agravamento da pandemia, não é seguro o retorno dos bancários ao trabalho presencial e o aumento de jornadas para compensação de horas negativas. Entendemos que o grande avanço que conquistamos nas negociações, que resultaram nesta proposta de acordo, é o compromisso do Santander de não convocar os bancários para imediata compensação de horas. Essa flexibilização, diante do atual cenário da pandemia, é fundamental para preservar a saúde e a vida dos trabalhadores, sobretudo daqueles incluídos no grupo de risco. Entretanto, seguindo a tradição democrática do Sindicato e demais entidades representativas, a decisão final sobre o acordo cabe aos bancários”, enfatiza a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.
“Cobramos ainda que o banco atue no sentido de oferecer funções para estes trabalhadores exercerem de forma remota, evitando assim o aumento do banco de horas negativas a ser compensado”, acrescenta a dirigente.
A coordenadora da COE esclarece ainda que o Sindicato acompanhará ao longo do ano a compensação das horas negativas e que, caso ocorram problemas, novas conversas com o banco serão realizadas. Além disso, a entidade continuará a cobrar do Santander medidas mais eficazes em relação a prevenção da Covid-19.
“Em especial medidas que reduzam o número de trabalhadores atuando de forma presencial. A pandemia está avançando com força e o banco tem responsabilidade com a saúde e a vida de seus funcionários e clientes. O teletrabalho não pode ser encarado como privilégio. É uma questão de saúde coletiva, necessária para diminuir a circulação do vírus e preservar vidas”, conclui Lucimara.
A secretária da Mulher do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) e representante do Sindicato na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Nice Souza, também avalia que houve avanços. "Conseguimos avanços, pois com a pandemia ainda a todo vapor não seria possível e nem recomendada o aumento de jornada de trabalho para compensar horas! Ainda é passível de mudanças se a situação não melhorar", afirma Nice.
"Caso algum gestor esteja convocando pessoas do grupo de risco para retorno ao trabalho presencial, é necessário que o bancário denuncie de imediato ao Sindicato, que tem atuado com sucesso nestes casos. Fiquem atentos, pois temos o compromisso do banco é que nenhum gestor cobre dos seus funcionários a compensação de horas. Qualquer irregularidade avise seu sindicato! Em breve teremos assembleia para referendarmos o aditivo", completa a dirigente do Seeb/MT.
Resumo da proposta de Acordo Aditivo para compensação de horas negativas:
- Início da compensação será adiado de janeiro para março, com a possibilidade de nova prorrogação a depender do cenário da pandemia de coronavírus.
- Ampliação do prazo de compensação de 12 para 18 meses.
- Vetado desconto em folha de pagamento até encerrado o prazo de 18 meses para compensação.
- Em caso de demissão sem justa causa ou aposentadoria, é vetado o desconto das horas negativas não compensadas.
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Com informações dos BancáriosSP