Em reunião com o Santander, na manhã desta sexta-feira 18, o movimento sindical bancário reforçou que é terminantemente contrário ao retorno ao presencial dos trabalhadores do grupo de risco para covid-19. O comunicado do banco, divulgado nesta semana, convoca todos os trabalhadores que têm comorbidades, incluindo grávidas e funcionários não vacinados, para o trabalho presencial a partir de 4 de abril.
“Nessa reunião, que contou inclusive com a médica do trabalho que assessora o banco, deixamos claro que essa medida é uma temeridade, principalmente com a chegada da variante Deltacron no Brasil e no mundo. Ainda não podemos falar em fim da pandemia. Quem determina o fim da pandemia é a OMS e não o governo federal”, destaca a dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE Santander), Lucimara Malaquias.
Diante da postura do Santander, o Sindicato orienta os bancários e bancárias que não se sentirem seguros em voltar ao presencial que procurem seus médicos assistentes para laudos que indiquem a condição de saúde do trabalhador e se há ou não segurança para o seu retorno. Pois o banco se comprometeu em avaliar individualmente os casos em que o médico do trabalhador não recomenda o retorno.
O banco também se comprometeu em analisar individualmente os casos de não vacinados que têm justificativa médica para não terem tomado a vacina contra o coronavírus.
Ainda nesta sexta-feira, o Sindicato enviou carta ao banco reforçando a posição contrária ao retorno e elencando reivindicações do movimento sindical na tentativa de minimizar os impactos e riscos para esse grupo. Entre elas:
“É importante ressaltar que o médico do trabalho tem responsabilidade legal em todas as assessorias e orientações que ele dá para o banco Santander.”
Lucimara Malaquias, dirigente sindical
Além disso, o movimento sindical está tirando um calendário de lutas e denúncias contra o Santander. “Aumentaremos a mobilização nacional contra essas medidas e estamos estudando inclusive denúncias formais a órgãos competentes. O momento é de apreensão, a pandemia não acabou e a responsabilidade é de todos na prevenção do vírus”, conclui.