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6 de Junho de 2023 às 16:33

Bancários e Bancárias protestam em todo o país contra políticas do Santander

Dia Nacional de Luta reivindicou mais emprego, mais agências e mais segurança para trabalhadores e clientes; todas as bases da Fetec-CUT/CN participam


Nesta terça-feira (6), bancários e bancários de todo o país uniram forças em um Dia Nacional de Luta contra as políticas adotadas pela direção do Santander. O foco dos protestos foi o fechamento de agências físicas, redução de postos de trabalho ocorridas recentemente, além da demanda por melhores condições de segurança nas unidades. Todas as bases da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) participaram do dia nacional de luta. Confira a participação do Centro-Norte na galeria no final do texto.

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“O Dia Nacional de luta foi uma mobilização de norte a sul do país, com a qual exigimos mais contratação de funcionários para atender o cliente, bem como de segurança em todas essas agências bancárias. Houve grande participação dos clientes, com relatos e também assinaturas dos abaixo-assinados, apoiando a luta e as reivindicações dos sindicatos”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Durante os atos, dirigentes sindicais estiveram presentes e abriram diálogo com funcionários, clientes e usuários. A população, em geral, expressou sua insatisfação com o fechamento de agências e consequentemente piora no atendimento devido à redução de pessoal, principalmente nas regiões periféricas.

No ano de 2022, o banco espanhol encerrou as atividades de 394 unidades no território brasileiro. Além do Santander, o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil, este último sendo uma instituição pública de capital aberto, também fecharam um total de 1.007 agências físicas no ano passado. Curiosamente, os quatro maiores bancos do país lucraram R$24,7 bilhões no mesmo período.

Representantes dos trabalhadores enfatizam que o Santander tem realizado fusões e fechamentos de dezenas de agências em diversas regiões do Brasil. O banco está apostando em um novo modelo de atendimento, sem caixas físicos, sem porta giratória e algumas sem vigilantes, causando sobrecarga nas dependências remanescentes e atendimento precário aos clientes. Apesar de arrecadar milhões em tarifas e pacotes de serviços, o banco está direcionando a população para soluções digitais e automatizadas, o que implica que os clientes paguem caro para realizar um atendimento autoassistido.

Além do fechamento de agências, o Santander também está controlando de forma significativa o número de bancários nas unidades que ainda estão em funcionamento.

Nos últimos anos, o Santander tem retirado vigilantes de diversas agências, alegando falta de recursos. “O banco parece se preocupar apenas com a segurança do dinheiro, deixando de priorizar a segurança das pessoas presentes nas agências. Vale ressaltar que a segurança é para proteger vidas, uma vez que o patrimonial do banco possui seguros”, destacou Wanessa.

A manifestação também aconteceu nas redes sociais, com um tuitaço que levou a #SeLigaSantander figurar entre os assuntos mais comentados do dia no Brasil, com mais de 13 mil citações.

 

Fonte: Contraf-CUT, com informações da Fetec-CUT/CN

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