De maioria conservadora, o Congresso Nacional resiste e dificulta a tramitação de propostas do governo Lula que afetam grupos privilegiados. É o que aponta a campanha Tributar Super-Ricos, composta por mais de 70 entidades de todo o país.
Um exemplo é o adiamento, por parte do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), da votação do Projeto de Lei que tributa os investimentos em offshore e dos fundos dos super-ricos, do dia 4 para o dia 24 deste mês.
Não para por aí. O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) também sugeriu a redução da alíquota de 10% para 6% e a retirada da tributação sobre os JCP (Juros sobre Capital Próprio).
Por isso, a campanha para tributar os super-ricos deve ter a força de toda a sociedade junto com entidades representativas, sindicatos e organizações sociais de todo o país para que as distorções no sistema tributário sejam corrigidas.
A reforma tributária é fundamental para o Brasil conseguir ser socialmente justo. Atualmente, os super-ricos têm mais de R$ 1 trilhão em investimentos no exterior. Se for tributado, os fundos podem acrescer cerca de R$ 7 bilhões por ano à União.