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7 de Outubro de 2015 às 08:08

Proposta do BRB significa perda de 9,8%


Crédito: Arquivo

Brasília - A proposta apresentada pelo BRB no primeiro dia de greve dos bancários, nesta terça-feira (6), de reajuste de 5,5% apenas nos VPs e CPVP, quando se considera a totalidade dos funcionários significa que mais da metade deles teriam, agora na data-base, a materialização de uma perda de 9,8% em suas remunerações. Este índice representa a inflação do período de setembro de 2014 a agosto de 2015, medida pelo INPC. Como esta perda já está refletida na remuneração, o reajuste zero significa a concretização dela.

“Não podemos, em hipótese nenhuma, aceitar uma proposta que diz aos funcionários: você terá, nos próximos doze meses, redução salarial de 9,8%”, argumenta Ronaldo Lustosa, diretor do Sindicato.

O banco, mais uma vez, apelou para a situação de dificuldade pela qual passa para justificar a apresentação desta proposta, alegando ainda que se tratou de um esforço hercúleo e que é o limite. Afirmou ainda que o controlador (governador Rollemberg) foi sensível ao autorizar a apresentação da proposta.

“Se o banco insiste nesta alegação de extrema dificuldade, o Sindicato desafia a abertura de todos os números e informações do banco, para que possamos, juntamente com uma comissão escolhida por nós, respeitando a confidencialidade, termos nosso diagnóstico da situação da empresa. Não podemos confiar em informações vindas de um lado, sem possibilidade de verificação de sua veracidade”, diz o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio.

“É estranho que as metas são batidas, porém, quando o resultado chega à Direção Geral, desaparece. O banco precisa esclarecer isso. Colocar a culpa nas despesas de pessoal, como se estas fossem as responsáveis pelo péssimo desempenho, é desdenhar da inteligência dos funcionários. Uma diretoria cujo papel se restringe a reduzir despesas de pessoal certamente não tem a competência para levar o banco a um outro patamar”, comenta Cristiano Severo, também diretor do Sindicato.

A proposta foi rejeitada pelo Sindicato ainda em mesa.

“Não há alternativa a não ser intensificar a greve. Nossos salários não são os responsáveis pela situação do banco. Temos de demonstrar mais e mais isso nesta greve. A diretoria precisa entender que os funcionários são aliados, e não inimigos”, destaca a secretária-geral do Sindicato, Cida Sousa.

Para diretoria, Raposo não cometeu excessos

Ao questionar sobre atitudes da diretoria frente à postura antiética do diretor Raposo, que proferiu palavras ofensivas ao banco e aos funcionários em reunião com gerentes ocorrida nos últimos dias 24 e 25 de setembro, o Sindicato foi informado que ele explicou a situação e que a diretoria entendeu que não houve nada que desabonasse sua conduta.

“É engraçado que a diretoria do banco toma esta atitude com relação ao diretor, e, no entanto, permite que seus prepostos censurem mensagens de funcionários do BRB em redes sociais, como aconteceu com uma trabalhadora, conforme denúncia recebida pelo Sindicato. Segundo a denúncia, ela teria sido instada a apagar de seu grupo de Whatsapp a reprodução de informações veiculadas em blogs do DF comentando a remuneração dos diretores do BRB. Que senso de justiça é este?”, questiona o diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) André Nepomuceno.

Atualizada às 21h39

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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