A greve nacional da categoria entrou em sua quinta semana nesta segunda-feira 3 de outubro, com os bancários realizando assembleias e plenárias em todo o país para discutir a organização da Campanha 2016 e planejar a ampliação da paralisação, que já é a maior em participação em pelo menos 25 anos.
Os bancários fecharam nesta segunda-feira, 28º dia da greve, 13.245 agências e 29 centros administrativos em todo o país. Segundo levantamento da Contraf-CUT, isso representa a adesão de 56% das unidades bancárias à greve. Do total, 1.906 agências foram fechadas nas 12 bases sindicais representadas pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN).
As assembleias e plenárias foram convocadas por orientação do Comando Nacional dos Bancários, integrado pela Fetec-CUT/CN, depois que a Fenaban apresentou, na décima rodada de negociação realizada no dia 28 em São Paulo, um acordo para dois anos, com reajuste de 7% e abono de R$ 3.500, em 2006, e inflação mais 0,5% de aumento de real em 2017, com correção pelos mesmos índices dos vales e auxílios.
Isso significa uma perda de 2,39 pontos percentuais no salário em 2016 e, mesmo com o 0,5% de aumento real em 2017, se a inflação ficar em 5% a perda ficará congelada no próximo ano.
Em Brasília, além dos bancários participaram da plenária dirigentes de outras categorias de trabalhadores, sob o lema geral “Somos todos bancários”.
“Estamos discutindo com os bancários e com outras categorias o significado político e ideológico que nossa greve adquiriu, com a estratégia dos banqueiros de impor perdas salariais aos bancários. Estamos deixando claro que os bancos, que patrocinaram o golpe que colocou Temer na presidência, estão agindo articulados com o governo para impor a pauta de retirada de direitos trabalhistas. Se uma categoria importante como os bancários tiverem salários rebaixados, isso será imposto às demais categorias”, avalia o presidente da Fetec-CUT/CN, José Avelino.
“Por isso, além de buscar apoio das outras categorias, não podemos aceitar essa estratégia e devemos reforçar nossa greve para conquistar aumento real, valorização do piso, proteção ao emprego e à saúde, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades”, acrescenta Avelino.
> Veja aqui a galeria de imagens do 28º dia da greve nos sindicatos da Federação Centro Norte e confira ao lado como foi o índice de paralisação.
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Fonte: Fetec-CUT/CN