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13 de Outubro de 2015 às 17:17

Greve entra na segunda semana ainda mais forte e fecha 11.437 agências nos 26 estados e no DF

Desse total, 1.286 foram paralisadas nas bases dos 12 sindicatos da Fetec-CUT/CN. Bancários voltam do feriadão com mais gás e exigem proposta decente dos bancos


Crédito: SEEB/RO
Bancários de Rondônia reunidos na Praça Getúlio Vargas no Centro de Porto Velho-RO

Diante ausência de nova proposta dos bancos, a greve nacional dos bancários entrou na segunda semana ainda mais forte, e continua crescendo em todo o território nacional. Nesta terça-feira 13, oitavo dia do movimento, as paralisações atingiram 11.437 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal. Desse total, 1.286 unidades foram fechadas nas 12 bases dos sindicatos representados pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), um crescimento de 38,5% em relação às 927 agências paralisadas no primeiro dia da greve.

Os dados nacionais são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários, do qual a Fetec-CUT/CN é membro. No primeiro dia de greve, em 6 de outubro, haviam sido fechadas 6.286 unidades em todo o país, o que representa um salto de 82% em uma semana.

"Indignados com a provocação dos banqueiros, que querem impor um arrocho salarial apesar de ser o setor mais rentável da economia brasileira, graças principalmente ao aumento da produtividade dos trabalhadores, os bancários voltaram do feriadão com mais gás e disposição de luta, para mais uma vez deixar claro que não aceitarão acordo sem aumento real de salário e sem o atendimento das reivindicações sociais, como proteção ao emprego e à saúde, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades”, avalia José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional dos Bancários.

Com muitas mobilização e greves, como está acontecendo agora, nos últimos 11 anos seguidos a categoria bancária conquistou ganhos reais, acumulando 20,7% de ganho acima da inflação nos salários e 42,1% no piso salarial. “É isso que temos de fazer, ampliar a greve cada dia mais, para forçar os banqueiros a apresentarem uma proposta que contemple nossas reivindicações”, acrescenta Avelino.

Veja aqui nossa galeria de imagens do oitavo dia da Greve Nacional na Região Centro Norte

Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado no dia 6 de outubro, depois de cinco rodadas de negociação, na última das quais, dia 25 de setembro, os bancos apresentaram a proposta de 5,5% de reajuste (o que é 4% a menos que a inflação) e um abono de R$ 2.500,00, ignorando completamente as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade.

Nenhum contato foi feito pela Fenaban desde o início da greve. O Comando Nacional dos Bancários se reúne nesta quarta-feira 14, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para avaliar a Campanha e definir os próximos passos do movimento. 

O oitavo dia da greve na base da Fetec Centro Norte:

 

Compare as diferenças entre o que os bancários reivindicam e o que os bancos propõem:

 

Fonte: Fetec-CUT/CN com Contraf-CUT


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