Os participantes da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) voltam às urnas em todo o país para eleger o novo diretor de Planejamento do fundo de pensão. A Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) apoia a candidatura de Márcio de Souza, número 7, que foi presidente do Sindicato dos Bancários de Petrópolis (RJ), diretor da Federação dos Bancários do RJ/ES e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
A eleição, para um mandato de dois anos, convocada em razão da renúncia do antigo diretor eleito, teve início no dia 25/08 e vai até 15 de setembro.
As principais propostas de Márcio de Souza são o fortalecimento do poder dos associados, defesa da gestão compartilhada, mais solidez e equilíbrio para o Plano 1 e ampliação da rentabilidade para o Previ Futuro. “O prazo é curto e o desafio de construir uma nova política de investimentos requer agilidade, experiência e conhecimento”, diz Márcio.
A eleição se reveste de fundamental importância em função do momento delicado por que passa o país, marcado por diversas ameaças, entre elas a reforma da Previdência de Temer, que pretende impor idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres e o PLP 268, que retira o direito dos associados elegerem diretores nos planos de previdência.
Por isso a Fetec-CUT/CN considera a eleição de Márcio uma importante trincheira na luta dos participantes da Previ. “Márcio e os conselheiros eleitos em maio deste ano junto com o diretor de Seguridade Marcel Barros defenderão os associados contra qualquer tentativa do banco e do governo de mexer na aposentadoria dos funcionários do BB”, destaca
Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa do BB, conselheiro deliberativo eleito da Previ e diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.
No BB há 35 anos e na Previ desde 2004, Márcio é gerente executivo de Benefícios faz quatro anos. Graduado em Direito, tem MBA em Gestão de Projetos, especialidade como Gestor de Fundo de Pensão e é certificado pela Anbima (CPA-20).
Propostas
A diretoria de Planejamento é a que elabora a política de investimentos e orienta a aplicação do patrimônio para garantir o futuro de nossas aposentadorias. É a diretoria que cuida da liquidez e solvência dos planos e zela para evitar riscos nas aplicações dos recursos.
Propostas de Márcio de Souza para a Diretoria de Planejamento
Política de investimentos Plano 1
› Elaborar plano para reduzir as aplicações em renda variável, direcionando os recursos para as carteiras de renda fixa, de imóveis e de investimentos estruturados. Vamos compatibilizar as necessidades de liquidez e fluxo de pagamento de benefícios, priorizando aplicações que gerem rentabilidade acima do atuarial.
› Elaborar plano de saída das empresas que a Previ integra bloco de controle.
Política de investimentos Previ Futuro
› Privilegiar aplicações de longo prazo, diversificando investimentos em busca da melhor rentabilidade e do menor risco. Diversificar as aplicações em renda fixa, renda variável, imóveis e investimentos estruturados para gerar resultados consistentes a longo prazo.
Gestão de Risco
› Manter e aperfeiçoar as ferramentas de análise para subsidiar as decisões de investimentos de forma a reduzir riscos e investir com a máxima segurança.
Liquidez e solvência
› Gerir o fluxo de contribuições, receitas de investimentos e despesas com benefícios (ALM) para garantir a liquidez e solvência dos planos, propondo medidas de ajuste quando necessário.
Redução de despesas
› Propor orçamento com controle e redução das despesas administrativas para reduzir as taxas de carregamento e de administração.
Defender a gestão compartilhada
› Lutar contra a aprovação do PLP 268, que retira dos associados o direito de eleger diretores e conselheiros.
› Fortalecer o poder dos associados e lutar pela manutenção da eleição direta da metade dos diretores e conselheiros.
› Contra a terceirização das atividades da Previ e contra a entrega de sua administração aos agentes de mercado.
› Administrar a Previ com funcionários cedidos pelo banco, comprometidos com a solidez dos investimentos e com remuneração equivalente à do banco.
› Fim do voto de minerva.
› Pelo direito de voto dos associados nas alterações de estatuto e regulamentos.
Plano 1: solidez e equilíbrio
› Trabalhar para reverter déficit de 2016 e evitar contribuições extraordinárias em 2017.
› Elaborar e aprovar política de investimentos visando o equilíbrio do Plano 1.
› Cobrar do BB a restituição do BET pago pela Previ aos associados do grupo pré-67.
› Aprovar teto de benefícios correspondente ao NRF Especial.
› PLR da diretoria com o mesmo critério dos demais funcionários.
› Melhorias no Previ Futuro
› Contribuições e benefícios 2.b para todos – rever critério de pontuação PIP e aumentar contrapartida do banco.
› Implantar o resgate das contribuições patronais.
› Negociar contribuições do banco sobre a PLR.
› Implantar o Perfil Ciclo de Vida com perfis de investimentos conforme a faixa etária.
› Reduzir para 10 anos a carência para aposentadoria.
Interação com os associados
› Fazer reuniões periódicas com associados para ouvir, prestar esclarecimentos e levantar sugestões de melhoria.
› Criar novos serviços de assessoria ao participante, sobre perfis de investimento, assessoria financeira, contribuições 2.b e 2.c, concessão de benefícios ao Previ Futuro.
› Fortalecer a Ouvidoria.
› Lutar para transferir à Previ a administração dos planos de previdência dos bancos incorporados.
Como votar
Participantes, funcionários do BB em atividade no banco, na Previ, Cassi e FBB ou em afastamentos regulamentares votam nos terminais Sisbb disponibilizados pelo banco.
Participantes, funcionários do BB, em quadro suplementar votam nos terminais SISBB, nas agências de relacionamento. Já os assistidos e demais participantes, pelo sistema de atendimento automático por telefone e site, disponibilizados pela Previ. É necessário possuir senha emitida pela Previ (a mesma utilizada para consultar a seção autoatendimento do site da Previ).
Fonte: Fetec-CUT/CN