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8 de Agosto de 2016 às 10:44

Comando Nacional entrega pauta de reivindicações aos bancos nesta terça 9

Bancários querem 5% de aumento real, PLR maior, mais empregos e fim do assédio moral. Integrante do Comando, Fetec-CUT/CN participará da reunião, em São Paulo


O Comando Nacional dos Bancários, integrado pela Federação do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), entrega nesta terça-feira 9 à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a pauta de reivindicações da Campanha 2016 aprovada pela 18ª Conferência Nacional, que tem como destaques aumento de real de 5%, PLR de três salários mais R$ 8.317, piso salarial de R$ 3.940, fim das demissões e mais contratações, melhores condições de trabalho e fim do assédio moral e mais segurança. A reunião será às 11h, na sede da Fenaban, em São Paulo.

A pauta específica de reivindicações do funcionalismo do Banco do Brasil será entregue à direção da empresa na quinta-feira 11, também em São Paulo. A entrega da minuta específica dos empregados da Caixa, do Banco da Amazônia e do BNB ainda não tem data definida.

A Campanha Nacional será unificada entre bancários de bancos públicos e privados, com realização de mesa única de negociação com a Fenaban e mesas concomitantes com BB, Caixa, Banco da Amazônia e BNB para as demandas específicas. 

“Depois da aprovação das reivindicações dos bancários, em um processo de discussão que começou há mais de dois meses com as assembleias e conferências regionais, culminando na Conferência Nacional, agora a campanha entra na fase das negociações, o que vai exigir de nós todos muita mobilização para pressionar os banqueiros”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN.

“Os lucros dos bancos continuam nas alturas. Não há crise para eles. Portanto, não há nenhuma razão para que não atendam as demandas da categoria. Com unidade e mobilização, vamos fazer uma campanha nacional forte para conquistarmos nossas reivindicações”, acrescenta Avelino.

A pauta de reivindicações foi aprovada pela 18ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo entre 29 e 31 de julho.

 

As principais reivindicações

˃ Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação.

˃ PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.

˃ Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

˃ Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

˃ Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

˃ Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

˃ Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

˃ Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

˃ Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

˃ Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

A pauta da Caixa

Os empregados da Caixa definiram sua pauta específica no 32º Congresso Nacional, realizado entre 16 e 19 e junho, em São Paulo. Defendem o banco 100% público e o fim da reestruturação, adoção de jornada de 6h para todas as funções, isonomia entre novos e antigos empregados, melhores condições de trabalho e políticas de promoção da saúde do trabalhador.

Os empregados também reivindicam que, para os casos de reestruturação a Caixa deve agir com transparência junto à Comissão Executiva dos Empregados (CEE Caixa), realizando debates prévios e objetivos sobre as mudanças em pauta. 

Quanto à jornada e ao Sipon, os trabalhadores querem o pagamento obrigatório das horas extras, com acréscimo de 100% da hora normal, adoção de jornada de 6 horas para todas as funções, extinção da jornada indeterminada e proibição do trabalho em dias de descanso remunerado.

Também está na pauta da Caixa isonomia de direitos entre novos e antigos empregados, licença prêmio e anuênio.

Melhores condições de trabalho, principalmente nas questões relativas a segurança bancária e infraestrutura das unidades, além do fim da terceirização e do Caixa Minuto também constituem a minuta.

Os empregados vão reivindicar ainda o fim do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), combate ao assédio moral e sexual, melhoria no atendimento do Saúde Caixa, além de medidas de prevenção da saúde do trabalhador.

Na Funcef, a luta é pela extinção do voto de minerva em todas as instâncias da Fundação e incorporação do REB ao Novo Plano.

 

A minuta do Banco do Brasil

Já o funcionalismo do BB, no 27º Congresso Nacional realizado também entre 16 e 19 de junho, definiu como prioridades para a Campanha Nacional 2016 a unidade e a resistência em defesa dos bancos públicos. 

Em relação à remuneração, reivindicam PCR com interstícios de 6% na tabela de antiguidade e mérito, com piso do Dieese, visando também recompor as perdas do governo FHC. 

Veja mais reivindicações dos bancários do BB:

˃ Defesa do banco público, contra a privatização.

˃ Jornada de seis horas para todos, sem redução de salário.

˃ Vale alimentação e refeição na licença saúde e maternidade.

˃ Não constar nenhum registro no ponto eletrônico sobre falta de greve.

˃ Fim do desvio de função, pagamento das substituições.

˃ Critérios transparentes e objetivos de ascensão profissional

˃ Mais contratações. 

-Redução para 10 anos do prazo de elegibilidade no Previ Futuro

-Prazo amplo para utilização de folgas adquiridas

˃ Isonomia: licença prêmio e férias de 35 dias para os pós-98

˃ Fim dos problemas decorrentes da implantação do modelo BB Digital

˃ Melhoria das condições de trabalho nas PSOs

˃ Fim dos descomissionamentos imotivados (fim do ato de gestão)

˃ Pagamento de 7ª e 8ª horas 

˃ Maior prazo para cumprimento de horas negativas

˃ Manutenção de remuneração e praça dos trabalhadores em caso de reestruturações

˃ Comitês de ética paritários

˃ Fim da imposição de metas e combate ao assédio moral

˃ Reivindicações específicas para o Sesmt e Ouvidoria

 

Cassi e Previ

O funcionalismo do BB reivindica ainda mais autonomia na estrutura do Sesmt e implantação na Cassi do modelo de assistência integral à saúde. Na Previ, a luta é pela manutenção da participação de associados na gestão, ameaçada pelo PLP 268, pelo fim do voto de minerva, melhoria dos benefícios para os participantes, redução das taxas de carregamento e administração e contribuição 2B a todos, inclusive incorporados.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Seeb Brasília


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