Notícias

home » notícias

14 de Setembro de 2016 às 16:49

Com greve crescendo, bancários voltam à negociação nesta quinta 15 e exigem aumento real

Desde a deflagração da paralisação nacional, houve um crescimento de 70% no fechamento de agências em todo o país e de 94% nas bases da Fetec-CUT/CN


A greve nacional dos bancários cresce a cada dia em todo o país, e já era nesta quarta-feira 14, nono dia, 70% maior em tamanho desde a sua deflagração, no dia 6 de setembro. É com a força dessa paralisação que o Comando Nacional senta-se novamente à mesa de negociação com os banqueiros nesta quinta-feira 15, em São Paulo, para pressioná-los a atender às reivindicações da categoria por aumento real de salário, valorização do piso, preservação do emprego e da saúde, melhores condições de trabalho, o que inclui combate ao assédio moral e às metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades.

Segundo levantamento da Contraf-CUT, 12.386 agências e 46 centros administrativos foram fechados nesta quarta-feira no país inteiro, o que representa 70% de crescimento em relação ao primeiro dia. Nas 13 bases sindicais da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), pararam 1.636 agências, 94,2% a mais que no dia 6. Com isso, já são 53% de todas as agências do país paralisadas.

Na sétima rodada de negociação, realizada nesta terça-feira 13, os bancos não saíram do lugar e mantiveram a proposta da reunião do dia 9, de reajuste de 7% (2,29 pontos percentuais abaixo da inflação) e abono de R$ 3.300 em parcela única, ignorando as reivindicações sociais. Veja detalhes na tabela abaixo.

“Os bancários, com essa grande mobilização, estão reafirmando aos banqueiros que não aceitam a política de rebaixamento salarial em troca da armadilha do abono, que não incide sobre 13º, férias, FGTS e principalmente sobre a aposentadoria. Já vivemos essa situação na década de 90 e a categoria teve grandes perdas salariais”, lembra José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e membro do Comando Nacional dos Bancários.

> Acesse aqui a galeria de imagens do 9º dia da Greve na Região Centro Norte

Avelino lembra que os bancos já haviam tentado no ano passado impor essa estratégia de reajuste abaixo da inflação com concessão de abono, mas os bancários rejeitaram a proposta e mantiveram a política de aumento real e valorização do piso com uma greve vitoriosa de 27 dias.

Segundo cálculo do Dieese, com a política de reajustes abaixo da inflação e concessão de abonos durante os dois governos FHC, de 1995 a 2002, os bancários tiveram perdas salariais de 4,60% nos bancos privados, de 33,53% no Banco do Brasil e de 37,38% na Caixa Econômica Federal.


Confira abaixo como foi a paralisação nesta quarta-feira 14 nas 12 bases sindicais da Fetec-CUT/CN:

Fonte: Fetec-CUT/CN


Notícias Relacionadas