Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS, do Sindicato dos Bancários de Dourados-MS e da Federação Centro Norte - Fetec-CUT/CN participaram do novo ciclo de debates da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) sobre a terceirização que aconteceu em Campo Grande-MS, dia 19 de fevereiro .
A Audiência Pública sobre Terceirização (PLC 30/2015) foi organizada pelas Centrais Sindicais CUT-MS, UGT-MS, CTB, NOVA CENTRAL, INTERSINDICAL, Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias e Sindicatos, Federações e Confederações filiadas, Movimentos Sociais, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal e Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul, através do Deputado Estadual e presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos, Lidio Lopes (PEN).
O Secretário de Políticas Sindicais da Fetec-CUT/CN e dirigente do SEEB/Dourados-MS, Raul Lídio Verão, que no ato representou a Federação durante a audiência, fez o uso da tribuna e deixou claro junto aos presentes os prejuízos que a terceirização trará ao conjunto dos trabalhadores. “É inadmissível que um projeto, danoso como este aos trabalhadores, seja aprovado”, disse Raul.
Com a alegação de regular os contratos de terceirização, se aprovado, o PLC 30/2015 vai retirar direitos trabalhistas históricos e precarizar o emprego no Brasil, aprofundando desigualdades e fragmentando a organização dos trabalhadores.
O presidente do SEEB/CGMS, Edvaldo Barros também usou a tribuna para defender a rejeição do PLC30. "O projeto da terceirização só vai trazer prejuízos ao trabalhador caso seja aprovado. Um projeto que visa somente o aumento dos lucros, no sistema financeiro brasileiro que já é o mais lucrativo do mundo quer ainda mais maximizar seus lucros precarizando as condições de trabalho e retirando direitos dos trabalhadores Bancários que foram conquistados com muita luta", diz o presidente do SEEB-CGMS, Edvaldo Barros.
O senador Paulo Paim (PT) criticou o sistema de terceirização e justificou que os trabalhadores inseridos nesse sistema perdem direitos e garantias fundamentais. “Os terceirizados têm piso salarial diferente da categoria, acesso a banheiros diferentes, vale transporte e alimentação diferentes e equipamentos de segurança diferentes”, criticou.
"Lutamos ao longo de décadas para conquistarmos os direitos que temos garantidos na CLT e nos acordos coletivos das categorias organizadas, diante disso, não podemos retroceder e deixar que o Capitalismo Selvagem derruba por terra todas essas conquistas com a aprovação da Terceirização" enfatiza o Secretário de Imprensa do SEEB-CGMS, José dos Santos Brito.
Fonte: Fetec-CUT/CN com SEEB-CGMS, SEEB/DDS e Campo Grande News