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19 de Junho de 2016 às 20:51

Bancários do BB e da Caixa aprovam pautas específicas, defendem bancos públicos e pedem Fora Temer

Os congressos dos dois bancos federais, dos quais participaram 675 delegad@s (além de observadores e convidados), foram concluídos neste domingo 19 após três dias de discussões


Crédito: Jailton Garcia / Contraf-CUT
Funcionários do BB aprovam pautas de reivindicações específicas

Os bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal concluíram neste domingo 19, após três dias de discussões, a pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional 2016, o fortalecimento da mobilização em defesa dos bancos públicos e da campanha Fora Temer.

O 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e o 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) foram realizados em São Paulo no mesmo hotel, o Holliday Inn, mas em espaços separados. Somente a abertura e o Seminário Nacional em Defesa dos Bancos Públicos, na sexta-feira 17, foram conjuntos.

Participaram 323 delegados (212 homens e 111 mulheres) do Congresso do BB e 352 representantes dos empregados da Caixa (185 homens e 168 mulheres) no Conecef.

 

Caixa 100% pública

Os principais eixos do 32º Conecef, que este ano teve como lema “Lutar sempre vale a pena – Nós somos a resistência!”, foram Fora Temer, a defesa da Caixa 100% pública, o fortalecimento do papel social do banco, as condições dignas de trabalho e mais contratação de empregados.

“O congresso foi bastante produtivo e, entre outras coisas, apontou para a necessidade de unidade ainda mais intensa neste momento de conjuntura política adversa e instável. Esse importante passo na construção da Campanha Nacional de 2016 foi exitoso e deu ânimo para seguir buscando a fundamental mobilização”, avalia Wandeir Severo, representante da Federação dos Bancários Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e diretor do Sindicato de Brasília.

“A presença de diversas pessoas que estiveram pela primeira vez num Conecef, em especial das delegações Fetec-CUT/CN, fez crer que a necessária tarefa de renovar o movimento dos empregados e empregadas da Caixa vem sendo feita com afinco pelos nossos sindicatos”, acrescenta Wandeir.

O 32º Conecef foi marcado por uma forte representação e pelo pioneirismo da adoção do princípio da paridade de gênero, que passa a ser obrigatória a partir do 32º Conecef, conforme deliberação aprovada em 2013. Esse objetivo foi quase atingido no evento de 2016, que contou com a participação de 52% de delegados homens e 48% mulheres.

“Essa é uma bandeira histórica do movimento dos empregados da Caixa, que sempre foi vanguarda na política de igualdade de gêneros”, destaca Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa, que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) nas negociações com o banco.

Na abertura da plenária geral deste domingo, Fabiana Matheus também prestou esclarecimentos sobre como as delegações estaduais devem ser formadas em relação à questão de gênero. Segundo a dirigente, que responde ainda pelo cargo de diretora de Administração e Finanças da Fenae, “a paridade deve ser respeitada pela delegação como um todo, tanto para ativos quanto para o segmento dos aposentados. Quanto aos observadores, não é obrigatória, mas a orientação do congresso é para que também seja observada”. 

 

Veja aqui as reivindicações e como foi o 32º Conecef. 

 

Campanha nacional unificada

No 27º Congresso do BB, os delegados e delegadas de todo o país também reafirmaram a importância da campanha nacional unificada e aprovaram engrossar as campanhas em defesa dos bancos e pelo Fora Temer.

“Nessa conjuntura política e econômica difícil, mais do que nunca é imprescindível mantermos a unidade nacional da categoria e a campanha unificada entre bancos públicos e privados, além de intensificarmos a mobilização para enfrentarmos os ataques a nossos direitos do governo interino e ilegítimo”, afirma Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e diretor do Sindicato de Brasília.

Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Wagner Nascimento, a pauta aprovada dialoga com todos os funcionários do BB e reforça a luta da categoria contra as ameaças de privatização e de retirada de direitos dos trabalhadores. “Os debates foram muito produtivos, com uma programação maior para as discussões em grupos, que teve como resultado na planária final um número maior de consenso. Foi um grande Congresso, com muitas pautas consensuais para desenvolver uma campanha defendendo o Banco do Brasil, defendendo as empresas públicas e defendendo a nossa minuta de reinvindicação específica. Mesmo em uma conjuntura adversa nós entendemos que é possível avançarmos nas conquistas e os bancos têm condições de atender as nossas reivindicações”, ressaltou.

Confira aqui as principais reivindicações específicas aprovadas pelo Congresso dos Funcionários do BB.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT

 


 

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