Os bancários de bancos públicos e privados de todo o país, inclusive os da região Centro Norte, entram em greve nacional por tempo indeterminado a partir desta terça-feira 6, para forçar os bancos a apresentarem uma nova proposta que contemple as reivindicações econômicas (que incluem aumento real de salário) e sociais, entre elas preservação do emprego e da saúde, combate às metas abusivas e ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
A greve foi aprovada nas assembleias realizadas na quinta-feira 1º de outubro, quando os bancários rejeitaram a proposta apresentada pela Fenaban no dia 25 de setembro, de apenas 5,5% de reajuste (4% abaixo da inflação) e abono de R$ 2.500, ignorando completamente as reivindicações sociais. As assembleias desta segunda-feira foram convocadas apenas para organizar a greve.
“A proposta dos bancos foi uma provocação e um desrespeito aos bancários, que com seu esforço e produtividade são os principais responsáveis pelos recordes sucessivos de lucro, que superaram os R$ 36 bilhões somente no primeiro semestre deste ano”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e membro do Comando Nacional.
“Não vamos aceitar acordo rebaixo e perda de direitos da categoria. Por isso precisamos intensificar a mobilização e fazer uma grande greve em todo o país para mostrar mais uma vez aos banqueiros a força da mobilização dos bancários”, acrescenta Avelino.
O Comando Nacional dos Bancários, do qual a Fetec-CUT/CN é integrante, enviou oficio à Fenaban na sexta-feira 1º de outubro para comunicar oficialmente a rejeição da proposta e a deflagração da greve nacional unificada – e pedindo apresentação de nova proposta.
Para Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, os bancos “querem aproveitar o momento político instável do Brasil para rebaixar a força do movimento sindical. Mas eles vão se decepcionar. Os trabalhadores unidos mostrarão toda sua força de mobilização na greve".
Compare as diferenças entre o que os bancários reivindicam e o que os bancos propõem:
Fonte: Fetec-CUT/CN