Conforme deliberado em assembleia geral da categoria na quinta-feira (1º), o Sindicato percorreu, na manhã desta segunda-feira (5), agências bancárias do SCS, Asa Sul e Norte, que tiveram suas atividades paralisadas em protesto contra o recuo do governador do Distrito Federal (GDF), Ibaneis Rocha, na priorização dos bancários no plano de imunização contra a covid-19 e para pressionar pela garantia do direito à vacina no braço dos trabalhadores. Os bancários também se mobilizaram pelas redes sociais, usando as hashtags #VacinaLogoIbaneis e #GovernadorIbaneisCumpraAPalavra.
“Estamos realizando paralisações setoriais, para dialogar com a população. Nós, bancários e bancárias, estamos sendo extremamente prejudicados pela postura do GDF. Embora o governador Ibaneis tenha se comprometido com o Sindicato que iniciaria a vacinação da categoria neste final de semana (dias 3 e 4), o governo recuou de uma forma muito deselegante, fazendo a comunicação pela imprensa, ao invés de dialogar formalmente com a entidade, para que pudéssemos achar uma solução, considerando que somos uma categoria essencial, que está atuando na linha de frente desde o início da pandemia, faça chuva ou faça sol, no atendimento à população, correndo os riscos de adoecimentos e mortes”, ressaltou o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
O dirigente sindical pontuou que, de acordo com dados oficiais do governo federal, a categoria bancária é a que, percentualmente, foi mais impactada pela questão da pandemia. O número de desligamento de contratos decorrentes de óbitos de bancários e bancárias é de quase 180%, número bem distante dos demais trabalhadores e que os coloca numa situação fragilizada.
Kleytton esclareceu: “A greve hoje é sanitária. Esse é um grito de socorro e de alerta, porque os bancários e bancárias estão adoecendo e morrendo. E não é mais possível esperar diante da omissão das autoridades. Portanto, governador, cumpra a sua palavra. Vacine logo a categoria. E vocês, banqueiros, Fenaban, cumpram o papel importantíssimo que vocês têm, encontrando possíveis soluções a nível nacional, acelerando o processo de tramitação das matérias que cobram pela inclusão dos bancários no PNO, mas não somente esperando o seu trâmite no Legislativo, mas construindo alternativas junto ao próprio Executivo, como é o caso do Ministério da Saúde”.
Secretária-geral do Sindicato, Fabiana Uehara também falou da importância da participação da categoria bancária nesta luta pela imunização. “Os bancários e bancárias desenvolvem serviços essenciais e precisam se vacinar”, reforçou, reiterando que a mobilização permanente se dará com paralisações setoriais diárias, por bancos, cidades e locais estratégicos.
“A categoria segue em estado de greve permanente, porque é fundamental priorizar a vacinação dos bancários e bancárias, que sempre se expuseram na linha de frente durante toda a pandemia. Por isso, governador, assuma o seu compromisso com a direção do Sindicato”, cobrou o diretor da Fetec-CUT/CN, Ivan Amarante.
Durante a madrugada, o Sindicato colou cartazes em dezenas de agências da cidade, em que esclarece a importância de priorizar a imunização dos trabalhadores e cobrando um posicionamento do governo do DF.
Pressão também no Buriti
Às 16h, a entidade realizou ato, com o mesmo objetivo, em frente ao Palácio do Buriti, onde inicialmente enfrentou resistência da polícia para a realização da atividade pacífica.
Plenária
Às 18h, foi realizada uma plenária remota pelo Sindicato, também em frente ao Buriti, para discutir os encaminhamentos da mobilização.
Ato conjunto no Ministério da Saúde nesta terça
Dando sequência aos protestos, o Sindicato participa amanhã de ato conjunto com os trabalhadores dos Correios em frente ao Ministério da Saúde, às 10h.
Confira galeria de imagens das paralisações:
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília