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19 de Março de 2021 às 06:00

Lockdown sim: medidas mais restritivas avançam em todo Pará


As prefeituras de Cametá, Moju, Salvaterra e Abaetetuba anunciaram lockdown nesta semana em seus municípios. Barcarena implantou barreiras de controle de acesso à cidade. A adoção de medidas mais restritivas acontece na mesma semana em que apenas as atividades essenciais estão autorizadas a funcionarem em Belém e Região Metropolitana (RMB), por um período inicial de 7 dias, que começou na última segunda-feira (15), às 21h.

Diferente do início da pandemia, há mais de um ano, os primeiros casos foram registrados na capital e RMB e depois, de forma lenta e gradual, foi chegando ao interior do Estado. Mas agora, Região Metropolitana e várias outras do Pará tentam frear, de forma simultânea, a disseminação do coronavírus e principalmente um colapso na rede pública de saúde do Estado que atende todo o Pará. Colapso praticamente anunciado.

Moju e muitos outros municípios do interior não têm estrutura adequada e suficiente para atender casos graves da Covid-19, alguns sequer dispõem de UTI. A alternativa é encaminhar os pacientes que mais precisam para a capital que já não tem mais vaga em leitos clínicos na rede municipal e está com 94,4% dos leitos de UTI ocupados.

Na rede estadual restam apenas 35% das vagas disponíveis para leitos clínicos e menos de 20% para Unidade de Terapia Intensiva.

Segundo profissionais da área de saúde, com a flexibilização das medidas de isolamento social, a circulação de pessoas, principalmente jovens voltou a ser maior, e muitos parecem ter esquecido que a pandemia não acabou e, portanto, as medidas básicas de prevenção devem continuar sendo mantidas por todos e todas.

Tal relaxamento resultou em um aumento no número de casos graves em pacientes com uma faixa etária entre 40 e 60 anos, que permanecem mais tempo hospitalizados, segundo pesquisa realizada pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), que coletou dados sobre a presença de infecção pelo novo coronavírus nos pacientes internados em UTIs adultas na rede pública.

Desde março de 2020, foram coletados dados de mais de 50 UTIs pelo Brasil — 70% delas de instituições públicas e 30% privadas.

“Os dados e a situação em que as redes de saúde privada e pública se encontram no momento, nos levam a compreender que se desde o início da pandemia, se todos e todas estivessem fazendo a sua parte, em especial o governo federal, que é o deveria ser o principal responsável em gerir toda essa crise sanitária, poderíamos estar vivenciando outra realidade, com menos mortes, mais pessoas vacinadas e a economia sendo retomada; mas infelizmente, mesmo com o início da vacinação, vemos um cenário pior do que o ano passado”, avalia a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

Faça sua parte!

O lockdown é apenas uma das medidas para conter a disseminação do coronavírus, mas salvar a própria vida e a de outros é responsabilidade de todos e todas, principalmente quando for sair de casa, somente quem trabalha em algum serviço essencial ou quem vai em busca de algum desses serviços, como por exemplo, o bancário.

“Colegas do Banpará e Caixa, principalmente, que têm que cumprir o papel social dos respectivos bancos, através do pagamento do Renda Pará, Bora Belem Fundo Esperança e auxílio emergencial, se submetem diariamente a enorme risco de contaminação ou reinfecção; por eles e por todos os trabalhadores e trabalhadoras de serviços considerados essenciais pedimos àqueles que podem: fiquem em casa, e só saiam realmente em caso de necessidade e sempre com máscara cobrindo boca e nariz,, álcool em gel e mantendo o distanciamento social de dois metros. Se todos e todas fizerem a sua parte, as perdas, dores e sofrimentos tendem a ser menores por conta da pandemia”, pede a vice-presidenta do Sindicato e bancária do Banpará, Vera Paoloni.

Fonte: Bancários PA


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