A pandemia do coronavírus e a negligência do governo Bolsonaro com a mais grave crise sanitária da história do Brasil têm causado muito estresse entre os brasileiros. O medo diante da tragédia nacional - quase 540 mil pessoas perderam a vida para a Covid-19 no país - compromete a saúde mental. E, no desespero, muita gente recorre aos antidepressivos e ansiolíticos.
A procura por informações a respeito dos medicamentos para ansiedade e depressão aumentou mais de 100%, segundo a plataforma Consulta Remédios. Foram comparados os dados de agosto de 2019 a fevereiro de 2020 e agosto de 2020 a fevereiro de 2021.
Segundo o levantamento, a busca por remédios está relacionada à elevação das queixas como dificuldades para dormir, tristeza, ansiedade, estresse e angústia. Inclusive, a Fiocruz, em pesquisa feita em 2020, indicava que 40% dos brasileiros relatavam tristeza e depressão e 50% se referiram a ansiedade e nervosismo com certa frequência.
A pandemia se arrasta no Brasil há mais de um ano, e, com o ritmo lento da vacinação, não há previsão de quando o cenário vai realmente melhorar. Para não "pirar", o cidadão deve monitorar constantemente a saúde mental. Dificuldades emocionais quando abordadas de forma precoce podem ser solucionadas mais facilmente, com redes de apoio, mudanças de hábito, psicoterapia e medicamentos com orientação médica.