RBA
São Paulo – O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (19) a triste marca de 440 mil mortes causadas por complicações da covid-19, após o registro de mais 2.641 óbitos em 24 horas. As informações são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em boletim divulgado às 18h. O país agora registra oficialmente 441.461 vítimas da infecção causada pelo novo coronavírus. O órgão informa ainda a notificação de 79.219 novos casos no período, elevando o total para 15.812.055 desde março do ano passado.
Na comparação com os dados do Conass, utilizados pela RBA, as informações podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial em função do horário em que são repassadas pelos estados aos veículos.
Casos de covid-19 e mortes no Brasil (Conass/reprodução)
Confirmando alerta dado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a cada dia aumentam as médias móveis de casos e mortes, resultado do relaxamento das medidas restritivas adotadas por estados e municípios a partir de março, quando o país viveu seu pior momento da covid até aqui. Sempre usando o Conass como referência, o Brasil está com média de 64.665 novos casos de covid a cada um dos últimos sete dias. Ontem era de 64.304 e na segunda-feira, de 63.914. Em relação à média diária de mortos pela infecção, o índice fechou a quarta-feira em 1.951 vítimas, ante 1.930 ontem e 1.901 no dia anterior.
O aumento do número de novos casos é o primeiro sinal de piora do controle da pandemia. O passo seguinte é o aumento de internações, seguido pelo aumento das mortes. Isso porque o novo coronavírus leva de 10 a 15 dias para atacar o organismo contaminado com toda a sua agressividade.
Em seu relatório semanal, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, ao lado da Índia e de alguns países da Ásia Oriental, o Brasil está na contramão em termos de controle da covid. Segundo a entidade, o número de novas infecções por coronavírus na última semana diminuiu em todas as regiões do mundo, contribuindo para a queda global de 12%. As mortes também baixaram em 5%.
Enquanto isso, principalmente por falta de imunizantes para serem aplicados, apenas cerca de 40 milhões de pessoas receberam ao menos uma primeira dose de vacina contra a covid no Brasil, o que corresponde a 18,9% da população. Destes, cerca de 19 milhões já receberam a segunda dose e estão completamente imunizadas.