Revista Fórum
Ivan Longo
O Brasil subiu de patamar na quantidade de mortes diárias causadas pela Covid-19. Nesta quinta-feira (11), o país registrou, pelo segundo dia consecutivo, mais de 2 mil óbitos em decorrência da doença nas últimas 24 horas.
Segundo o painel atualizado divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), de ontem para hoje foram contabilizadas 2.233 novas mortes, apenas um pouco a menos do número recorde de 2.286 óbitos registrados na quarta-feira (10).
Ao todo, a Covid-19 já tirou a vida de 272.889 desde o início da pandemia, que completou oficialmente um ano justamente nesta quinta-feira (11). Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou oficialmente a crise do coronavírus como uma pandemia global.
A atualização do Conass dá conta, ainda, de que nas últimas 24 horas foram confirmados 75.412 novos casos de Covid, o que totaliza 11.277.717 infecções desde o início da crise sanitária.
O ritmo crescente dos contágios no país têm feito o sistema de saúde brasileiro, a nível nacional, entrar em iminência de colapso. Inúmeras cidades já estão com seus leitos para Covid 100% lotados e tentam conter o avanço da doença endurecendo medidas de restrição.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro, apesar de ter aparecido de máscara pela primeira vez em meses nesta quarta-feira (11), segue pregando contra o isolamento social, principal medida para a contenção do vírus enquanto não há vacinação em massa. O filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, por sua vez, mandou as pessoas “enfiarem a máscara no rabo”, mais uma vez demonstrando a irresponsabilidade do bolsonarismo para com o momento mais grave da pandemia no país.
Em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira, Miguel Nicolelis, considerado um dos maiores cientistas do mundo, afirmou que, sem isolamento social e medidas de proteção, o país viverá um colapso não só hospitalar, mas também funerário. Ele também vem alertando que, ainda em março, o Brasil pode atingir o patamar de 3 mil mortes por Covid por dia.