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19 de Setembro de 2014 às 13:41

Queremos mais que 7% dos bancos. Comando aponta greve para dia 30


 Crédito: Tago Silva/ Contraf-CUT
Proposta da Fenaban ao Comando Nacional foi apresentada na sétima rodada

A exemplo das propostas de caráter social apresentadas na quarta-feira 27, o Comando Nacional dos Bancários também considera insuficientes as propostas de caráter econômico apresentadas pela Fenaban nesta sexta-feira 19, na sétima rodada de negociações da Campanha 2014, que incluem reajuste de 7% no salário (0,61% de aumento real), na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, além de 7,5% no piso (1,08% acima da inflação). E aprovou um calendário de mobilização para pressionar os bancos a apresentarem novas propostas que atendam as expectativas da categoria, apontando para a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir de 30 de setembro, com assembleias deliberativas nos dias 25 e 29.

"É uma novidade em relação aos anos anteriores os bancos apresentarem uma primeira proposta já com aumento real e valorização do piso. Isso é importante para nós porque é um reconhecimento da necessidade de os bancários terem aumento acima da inflação e os pisos ainda mais valorizados, mas os índices de reajuste são muito insuficientes diante do lucro do sistema financeiro. Queremos mais. Além disso, a Fenaban não apresentou propostas para proteger o emprego, combater o assédio moral e melhorar a segurança, que hoje são fundamentais para os bancários", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Pela longa tradição de luta, os bancários sabem que todas as conquistas da categoria são resultado da sua capacidade de construir a unidade nacional, de se mobilizar e de pressionar os banqueiros. Agora é hora de estreitar a unidade e intensificar a mobilização em todo o país para que possamos fazer uma campanha melhor ainda que no ano passado e alcançar novas conquistas", acrescenta Cordeiro.

A proposta econômica dos bancos

Reajuste de 7% (0,61% de aumento real).

Piso portaria após 90 dias - 1.235,14 (7,5% ou 1,08% de aumento real).

Piso escritório após 90 dias - R$ 1.771,73 (1,08% acima da inflação).

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.393,33 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando 1,08% de aumento real).

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.812,58, limitado a R$ 9.723,61. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.391,93.

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.625,16.

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Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015. 

Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.087,55, limitado a R$ 5.834,16 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.812,58
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Auxílio-refeição - R$ 24,14.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 425,20.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 353,86.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 302,71.

Gratificação de compensador de cheques - R$ 137,52.

Requalificação profissional - R$ 1.210,04.

Auxílio-funeral - R$ 811,92.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 121.072,92.

Ajuda deslocamento noturno - R$ 84,75.


veja aqui as propostas dos bancos sobre as reivindicações não econômicas, também insuficientes na avaliação do Comando Nacional.

A Contraf-CUT está enviando orientação jurídicas aos sindicatos sobre cumprimento dos prazos para realizações de assembleias e decretação da greve.

Calendário

24 - Quarta rodada de negociação específica com o Banco da Amazônia.
24 e 25 - Terceira rodada de negociação específica com o Banrisul.
25 - Assembleia para aprovar greve a partir do dia 30.
26 - Quinta rodada de negociação com o Banco do Brasil.
29 - Assembleia para deflagração da paralisação.
1º e 2/outubro - Quarta rodada de negociação específica com o Banrisul
2 - Manifestações em frentes aos prédios do Banco Central, em defesa de um BC independente do mercado financeiro.


Fonte: Contraf-CUT
 

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