Belém PA - Esta segunda-feira (13) marcou o 14º dia de greve com o Banco da Amazônia. Nesta data o Sindicato dos Bancários do Pará enviou ofício ao banco reivindicando a retomada das negociações específicas, em busca de uma nova proposta da empresa no sentido de resolver os impasses que mantém o movimento de greve na instituição.
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Nessa terça-feira (14), o Sindicato dos Bancários do Pará e demais entidades representativas dos empregados do Banco da Amazônia farão um grande ato na matriz da empresa, em Belém, por respeito ao processo de negociação e em defesa do fortalecimento do Banco da Amazônia e da valorização de seus empregados.
A participação de todos os empregados e empregadas do Banco da Amazônia é fundamental nessa manifestação. Vamos dar uma grande demonstração da força da nossa greve, pois nossa categoria quer mais avanços nessa Campanha Nacional 2014. Vamos à luta, até a vitória.
Sindicato dos Bancários do Pará
Fonte: SEEB/Pará
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“Apesar de o banco seguir a Fenaban nas cláusulas econômicas. O Banco da Amazônia sabe dos anseios do funcionalismo representado por nós nas mesas de negociação. Queremos uma proposta que avance nas pautas específicas, como um ajuste na tabela de reembolso do plano de saúde, uma promoção para todos os funcionários no Plano de Cargos e Salários”, destacou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
“O banco infelizmente não mostra disposição em dialogar, ele quer impor as suas propostas, sendo que muitas delas representam um retrocesso das nossas conquistas ao longo desses anos, como a inclusão da perícia para a permanência de integralização de salários. Queremos avanços e não retirada de direitos”, ressaltou o vice-presidente da Fetec-CUT/CN e empregado do banco, Sérgio Trindade.
As entidades sindicais também reivindicaram o estabelecimento de política de pagamento de horas extras trabalhadas, afastando a regra de banco de horas; pediram também a revista da norma que trata da concessão de licença prêmio, permitindo o fracionamento do gozo, sem necessidade do retorno ao trabalho para iniciar novo período de gozo, o abono dos dias parados, a isonomia dos 15 minutos dentro da jornada de 6 horas para os admitidos a partir de 27de dezembro de 2012.
Para essas e outras demandas, o Banco da Amazônia informou que não há espaço para avanços em itens que necessitam de estudos técnicos. O banco também reiterou que a proposta apresentada ontem foi a última e definitiva, sem possibilidade de concessão de outras pautas, restando como última alternativa para resolver o impasse a judicialização do dissídio coletivo.
“Nossa pauta de reivindicações foi entregue há mais de um mês atrás tempo suficiente para o banco estudar demanda por demanda, o que pelo visto não foi feito em sua totalidade. Não será com ameaças e dissídios que o Banco da Amazônia vai nos calar. Nossa disposição em seguir na luta aumenta a cada dia e não aceitamos a intervenção de terceiros para decidir a greve sendo que temos a melhor opção e mais eficaz para se chegar a um acordo que é o diálogo entre as partes”, afirmou o diretor do Sindicato e empregado do banco, Cristiano Moreno.