Crédito: Seeb Pará
Bancários se reuniram com senador eleito Paulo Rocha (PT-PA), em Belém
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Mais uma vez as entidades sindicais mostram a disposição em negociar com o Banco da Amazônia, qualidade que passa longe das direções deste banco, que pela segunda vez, em um curto período de 3 anos, quer transferir ao TST a responsabilidade de encerrar a greve e arbitrar sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de seus empregados.
No décimo dia de greve dos empregados, o Sindicato dos Bancários do Pará, a Contraf-CUT, a Fetec-CUT/CN, a CUT-PA e a Aeba estiveram no escritório do senador eleito Paulo Rocha (PT-PA) para buscar a intermediação do parlamentar junto ao presidente do Banco da Amazônia em relação a greve dos trabalhadores.
"Entendemos que o processo negocial não se esgotou e que o Banco da Amazônia pode sim fazer uma proposta melhor, inclusive retirando as cláusulas que o banco tenta impor e que representam prejuízos para os empregados. O dissídio coletivo significa passar para o Judiciário a decisão do resultado da campanha salarial, o que, com certeza, não é a melhor saída para quem sempre vê o diálogo como a melhor forma de solução", destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários e diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.
"Não queremos retrocessos e sim avanços. Não dá para fechar um acordo, por exemplo, onde a PLR está sob condicionante caso o banco não atinja sua meta. É importante ressaltarmos aos trabalhadores que a greve no Banco da Amazônia continua independente das ameaças de dissídio. Estamos buscando todas as formas possíveis de se chegar a um bom acordo", salientou.
Durante o encontro, Paulo Rocha se comprometeu a ajudar as entidades de todas as formas possíveis. O entendimento dele sobre ajuizamento de dissídio coletivo para encerrar à força uma greve é o mesmo que o das entidades: em conquistas da categoria não se mexe.
Contraf-CUT também repudia ameaça de dissídio
Em resposta à notificação extrajudicial de dissídio coletivo, a Contraf-CUT encaminhou uma contra notificação extrajudicial negativa de anuência para dissídio coletivo de trabalho, no mesmo dia em que foi notificada.
No documento, a Contraf-CUT entende "que o processo negocial não se exauriu, havendo possibilidade de as partes darem continuidade nas tratativas negociais, sem qualquer interferência do Poder Judiciário".
A Confederação também ressaltou "que a categoria bancária acredita e defende à exaustão o processo negocial, entendendo que a celebração de um Acordo Coletivo de Trabalho entre às partes é o que mais representa e reflete os interesses das partes".
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Pará