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11 de Setembro de 2014 às 15:35

Comando Nacional defende PLR maior e cobra proposta decente dos bancos


 Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Rodizio de representação realizado pela Fetec-CUT/CN possibilitou a participação, pela primeira vez na mesa de negociação da Fenaban, do Sintraf-Amapá que foi representado pelo seu presidente Edson Gomes. Bancos ficaram de apresentar proposta global provavelmente no dia 19.

No encerramento da quarta rodada de negociação da Campanha 2014 com a Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários defendeu nesta quinta-feira 11 a reivindicação de PLR equivalente a três salários mais parcela adicional de R$ 6.247,26, o que significa uma mudança na fórmula de cálculo do modelo atual, que simplifica e recompensa de forma mais justa para os trabalhadores o aumento dos lucros dos bancos. A exemplo do que ocorreu nas rodadas anteriores, os negociadores da Fenaban disseram que vão discutir o tema com os presidentes dos bancos e o incluirão na proposta global que apresentarão ao Comando na próxima semana, provavelmente na sexta-feira 19.

Antes disso, serão realizadas mais duas rodadas de negociação. Na terça-feira 16, os bancos apresentarão o resultado do II Censo da Diversidade, realizado entre 17 de março e 9 de maio deste ano, seguido da discussão dos dados solicitados pela Contraf-CUT sobre os afastamentos de bancários no trabalho. E na quarta-feira 17 serão retomados os debates dos temas pendentes sobre saúde e condições de trabalho, emprego, segurança bancária e igualdade de oportunidades. 

O II Censo da Diversidade foi uma conquista dos bancários na Campanha Nacional 2012. Ele agora permitirá verificar o que mudou e o que não avançou em termos de igualdade de oportunidades para os bancários e as bancárias desde 2008, quando foi realizado o I Censo.

"Esperamos que essas novas rodadas tragam novos dados e informações para a categoria e que finalmente os bancos apresentem uma proposta concreta e decente para as reivindicações econômicas e sociais que foram aprofundadas na mesas de negociações", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Participação mais justa nos lucros

Na mesa de negociação desta quinta-feira, o Comando Nacional defendeu a reivindicação de um novo modelo de PLR (três salários de cada bancário mais valor fixo de R$ 6.247,26) por considerar que a atual fórmula é muito complexa, pouco transparente e não remunera os bancários de forma adequada. A PLR foi uma conquista da campanha de 1995.

"O lucro dos bancos cresceu tanto que o modelo atual da PLR não acompanhou a distribuição desse lucro. O crescimento da PLR dos caixas, por exemplo, foi em média de 338% entre 1995 e 2013, enquanto o lucro dos bancos aumentou 1.067% nesse período. Queremos aumentar o percentual a ser distribuído e indexar a PLR à evolução do lucro", destaca Cordeiro.

"Além disso, é preciso simplificar o atual modelo, que é muito complexo e difícil de ser entendido pelos bancários", acrescenta Cordeiro.

O Comando propôs ainda que o pagamento da PLR não deve ser compensado com os programas próprios de remuneração variável dos bancos.

Os negociadores da Fenaban defenderam o atual modelo de PLR, mas disseram que a reivindicação dos bancários será levada aos presidentes dos bancos e trarão a resposta junto com a proposta global que apresentarão ao Comando, provavelmente na sexta-feira que vem, 19.

Dia Nacional de Luta

Na próxima segunda-feira 15, o Comando orienta os sindicatos e federações a realizarem um dia nacional de luta, conforme deliberação da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida de 25 a 27 de julho em Atibaia (SP), buscando pressionar os bancos a atender a pauta de reivindicações da categoria.

"Vamos realizar protestos em defesa do emprego, contra os projetos de terceirização, pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, por mais segurança para trabalhadores e clientes, e por igualdade de oportunidades", salienta Cordeiro. "Trata-se um momento oportuno também para mostrar que não queremos a independência do Banco Central, pois só favorece aos bancos e é prejudicial para a sociedade brasileira", conclui.

Calendário

12 - Terceira rodada de negociação específica com o BB.
12 - Quarta rodada de negociação específica com a Caixa.
12 - Terceira rodada de negociação específica com o BNB.
15 - Dia Nacional de Luta.
15 - Quarta rodada de negociação específica com o BNB.
16 e 17 - Quinta rodada de negociação com a Fenaban
16 - Terceira rodada de negociação específica com o Banco da Amazônia
17 - Sexta rodada de negociação com a Fenaban
19 - Sétima rodada de negociação com a Fenaban (a ser confirmada)


Fonte: Contraf-CUT
 
 

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