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25 de Setembro de 2014 às 00:48

Banco da Amazônia propõe apenas reajuste de 7% e bancários querem mais


Crédito: Seeb Pará 
Proposta insuficiente empurra funcionários para a greve nacional

Foi realizada nesta quarta-feira (24) a quarta rodada de negociações específicas da Campanha 2014 entre a Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários do Pará e a Fetec-CUT Centro Norte com o Banco da Amazônia, em Belém. A reunião contou com a participação do diretor da DIREC, Luiz Otávio Monteiro, que apresentou os números do balanço do primeiro semestre de 2014, cujo lucro líquido foi de R$ 62 milhões.

Com base nas justificativas das condições estruturais do banco, Monteiro confirmou apenas a aplicação do índice de reajuste de 7% para a correção de salários e benefícios, conforme proposta da Fenaban apresentada no dia 19 de setembro em São Paulo.

O banco informou também que alguns indicadores da PLR não foram atingidos até o momento, comprometendo assim a distribuição dos 6,25% a título de antecipação de PLR. Ou seja, o banco diz que não atinge os indicadores para o pagamento da regra básica da PLR, e que não está autorizado a renovar a PLR Social de 3%.

Proposta insuficiente

"As dificuldades estruturais apresentadas pelo banco foram apenas justificativas para não apresentar nenhuma contraproposta à pauta de reivindicações específicas dos empregados do Banco da Amazônia, a qual segue insuficiente", afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

"Não podemos aceitar essa postura, uma vez que as próprias informações que nos foram trazidas na reunião de hoje demonstram o crescimento de todos os indicadores que dependem do trabalho de cada empregado e empregada da instituição. Se o banco não quer garantir mais direitos para a categoria, será necessário deflagrarmos uma forte greve para alcançarmos nossas vitórias", defende a dirigente sindical. 

Para o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, "os dados apresentados pelo banco mostram o crescimento de todas as receitas em mais de 17%, a captação de mercado subiu em 24,58%, o crédito de fomento liberado cresceu para 43,88%, as receitas de tarifas foram para mais 24,05%, o que demonstra um esforço muito grande em gerar resultado em relação ao ano de 2013. Enquanto isso, as despesas com pessoal aumentaram em apenas 7,11% e isso não aceitamos". 

"Por isso, estamos orientando os funcionários do Banco da Amazônia a participar da assembleia da categoria e deflagrar greve nacional por tempo indeterminado a partir do dia 30", ressalta Miguel.

Na avaliação do vice-presidente da Fetec-CN, Sérgio Trindade, "o banco alega que o resultado final do balanço é impactado fortemente pela CAPAF e por demandas judiciais, porém os trabalhadores não podem ser penalizados por problemas de gestões passadas e não resolvidos. Se os empregados e empregadas do Banco da Amazônia estão gerando mais negócios para o banco, eles devem ser mais valorizados. Mas se o banco não quer garantir o que nos é de direito, a greve será nossa alternativa para termos conquistas nessa Campanha Nacional". 

Além de Rosalina, Miguel e Sérgio, os trabalhadores foram representados pelo vice-presidente do Sindicato, Marco Aurélio Vaz, e o diretor jurídico da entidade, Cristiano Moreno, bem como do diretor da Fetec-CN, Ronaldo Fernandes.

Assembleias nesta quinta

A Contraf-CUT reforça a orientação do Comando Nacional para que os bancários e bancárias do Banco da Amazônia participem das assembleias dos sindicatos que serão realizadas nesta quinta-feira (25) em todo o país, que irão deliberar sobre a proposta da Fenaban.

O Comando Nacional orienta a rejeição da proposta e deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 30.

Em Belém, a assembleia ocorre, às 19 horas, na sede do Sindicato (Rua 28 de setembro nº 1210, entre Doca e Quintino). Participe!


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Pará 
 
 

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