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A orientação do Seeb/Pará é para nenhum empregado ou empregada se abater com o dissídio. A greve é legal, legítima, e esse instrumento jurídico não põe fim ao nosso movimento. Vamos sim fortalecer a greve, para termos vitória no Banco da Amazônia.
(Belém-PA) - Entra diretoria, sai diretoria, mas a política de negociação do Banco da Amazônia com a categoria bancária em tempos de Campanha Nacional continua a mesma. Na verdade, a ordem é, na prática, não negociar. Nessa Campanha 2013, o banco afirmou à Contraf-CUT, Fetec-CUT Centro Norte e ao Sindicato dos Bancários do Pará - Seeb/Pará logo na entrega da minuta que a sua intenção era privilegiar o diálogo, tornar as mesas mais propositivas, resolver todo o processo em mesa de negociação. Nada disso!
O banco veio para a mesa específica somente nos dias 2 e 3 de setembro. Depois disso, suspendeu a mesa e encastelou-se em torno de um silêncio estrondoso para a minuta de reivindicações de seus empregados e empregadas, esperando o desfecho da mesa da Fenaban para se posicionar diante dos trabalhadores.
Depois de mais de um mês do início das negociações, somente no dia 11 de outubro o Banco da Amazônia voltou a chamar as entidades sindicais para uma nova rodada específica, momento onde finalmente apresentou uma proposta para a categoria. Porém a proposiçᆪo do banco foi insuficiente, não dialogava com questões fundamentais para os trabalhadores como em relação ao PCS, ao Plano de Saúde, à Lateralidade, às novas contratações, dentre outras demandas sem respostas.
Não foi a toa que a assembleia da última segunda-feira (14) aprovou por maioria esmagadora a rejeição da proposta do banco, inclusive seguindo orientação do Sindicato, que logo após a assembleia remeteu ofício ao Banco da Amazônia manifestando a disposição das entidades sindicais em continuar o processo negocial com o banco, em busca de uma solução democrática para o impasse que mantém a categoria em greve na instituição.
Porém, o Banco da Amazônia apelou para a mesma tática antidemocrática e antissindical de 2011, quando suspendeu a mesa específica e transferiu a resolução da greve para o Tribunal Superior do Trabalho.
“Agora em 2013 o banco voltou a lançar mão do assédio aos trabalhadores em greve, das tentativas de interdito proibitório para desmobilizar nosso movimento, e agora vem novamente com o dissídio coletivo para tentar acabar com a paralisação. O que o Banco da Amazônia deveria entender, é que a nossa luta é pelo fortalecimento do banco e de sua missão institucional de desenvolver a Amazônia, queremos valorização salarial e melhorias de condições de trabalho e queremos construir um acordo com debate, com propostas, de maneira democrática”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do Banco da Amazônia, Cristiano Moreno.
“Perseguir os trabalhadores e levar para o judiciário os impasses da greve não contribui em nada para o fortalecimento do Banco da Amazônia. As práticas antidemocráticas e antissindicais dessa atual diretoria não ajudam o banco a se fortalecer. Ao contrário, criam um sentimento ruim que desmotiva qualquer empregado e empregada do banco. Queremos que o Banco da Amazônia reveja sua postura e retome as vias democráticas de diálogo para fecharmos nosso Acordo Coletivo”, complementa o vice-presidente do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Marco Aurélio Vaz.
Fonte: Bancários PA