Brasília - Na manhã desta quarta-feira (29), bancárias e bancários do Banco do Brasil repudiaram as práticas antissindicais do banco praticadas contra funcionários, militantes, representantes e dirigentes sindicais. O protesto, que paralisou por algumas horas as atividades do Centro de Tecnologia do BB em Brasília, faz parte do Dia Nacional de Luta do funcionalismo.
O BB ataca a organização dos trabalhadores, usando de práticas injustas e arbitrárias ao perseguir e ameaçar funcionários e militantes sindicais com processos administrativos, descomissionamentos e demissões sem motivação.
Além de repudiarem essas práticas antissindicais e abusivas, os trabalhadores protestaram contra os descomissionamentos sem justo motivo feitos pela empresa. “O banco tem violado o acordo coletivo de trabalho, que protege o trabalhador comissionado. O acordo prevê que o bancário só pode ser descomissionado caso tenha três avaliações negativas”, explicou o diretor do Sindicato Rafael Zanon.
“Estamos orientando os trabalhadores sobre quais os passos a serem seguidos caso eles sofram qualquer tipo de violência no trabalho”, reforçou Zanon.
Segundo a diretora do Sindicato Marianna Coelho, também presente no ato, decisão recente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) afirma que o banco usa de assédio moral como ferramenta de gestão. “Devido ao constante assédio que vocês sofrem no local de trabalho é que nós estamos aqui hoje.”
“O assédio moral e a perseguição têm que acabar no BB. A nossa luta é nesse sentido. Todos os funcionários que presenciam essas práticas nefastas podem enviar denúncias para o Sindicato e nos ajudar a combatê-las”, incentivou o diretor do Sindicato Jefferson Meira, que também participou da paralisação.
Estiveram presentes ainda as diretoras do Sindicato Cinthia Reis e Teresa Cristina, que são funcionárias do BB, e Rosane Alaby.
Rosane Alves
Do Seeb Brasília