(Formosa-GO) - Assim como acontece em todo o país, a greve na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride) não cede. Os trabalhadores e as trabalhadoras do ramo financeiro continuaram mantendo ou aumentando a pressão nesta segunda-feira (30) para que os banqueiros apresentem uma contraproposta satisfatória, que atenda as justas reivindicações da categoria. Na Ride, a paralisação atinge cerca de 90% das 60 agências e postos de atendimento bancário dos 17 municípios goianos do Entorno de Brasília.
Os bancos particulares (HSBC, Itaú e Bradesco) só conseguiram reabrir suas agências em Formosa e Planaltina de Goiás na semana passada graças às práticas antissindicais, conseguindo na justiça medidas contra o direito constitucional de greve dos trabalhadores. Interditos proibitórios são obtidos com falso argumento de que grevistas impedem a entrada de quem quer trabalhar. Assim, os bancos podem até chamar força policial, intimidando as comissões de esclarecimento que buscam adesão dos bancários e dão informação à população sobre os motivos da greve.
“Os banqueiros são os causadores dessa greve. Com os maiores lucros na economia do país, eles se recusam a dar aumento real nos salários e pisos, a realizar mais contratações, a acabar com metas inatingíveis e a garantir melhores condições de trabalho e segurança. Vamos seguir firmes pois nossa luta pois temos recebido o apoio da população que entende que o atendimento de nossas reivindicações se refletirá também na melhoria dos serviços bancários”, avalia Clever Bomfim, presidente do Sintraf-Ride.
Nova assembleia organizativa da greve está marcada para as 17h30 desta terça, na Praça do Cebolão, no SBS, em Brasília, em conjunto com os bancários do Distrito Federal.