(Belém-PA) - A greve nacional da categoria bancária completou nove dias nessa sexta-feira, 27 de setembro, e o movimento segue se fortalecendo com novas adesões. Hoje, o Sindicato dos Bancários do Pará realizou um ato público em frente à matriz do Banco da Amazônia, para cobrar a retomada da mesa específica com o banco e também as demais mesas com os bancos públicos e a mesa geral com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

A manifestação contou com a participação em massa de empregados e empregadas da área da TI, além dos demais bancários e bancárias do Banco da Amazônia que exigem um novo PCS, o fim da Lateralidade e das terceirizações, melhorias no plano de saúde, regularização do ponto eletrônico, contratação de novos bancários dentre outras demandas que sequer foram debatidas pelo banco nas duas rodadas de negociação específica que ocorreram nessa Campanha Nacional.

“Os trabalhadores e trabalhadoras da área da TI, a qual eu faço parte, todos estão de parabéns pela disposição de luta pela verba de complementação de mercado referente ao cargo, para que então possamos equiparar com os demais bancos públicos federais; plano de saúde corporativo e que o intervalo de 15 minutos dentro da jornada de trabalho também se estenda para os novos empregados, essas são algumas de nossas reivindicações, das quais não abrimos mão”, destaca o vice-presidente do Sindicato e empregado da TI no banco, Marco Aurélio.

O ato contou com o apoio do Movimento Xingu Vivo Para Sempre. Além disso, para revigorar o funcionalismo do Banco da Amazônia, o encerramento do protesto em frente à matriz teve churrasco de graça ao som de música regional.

Temos que fortalecer a greve para derrotar os banqueiros

Ontem (26), a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, participou da reunião do Comando Nacional dos Bancários e Bancárias que fez uma avaliação do movimento de greve da categoria. O balanço dessa primeira semana foi positivo, com mais de 10 mil agências de bancos públicos e privados fechadas em todo país.

Porém, diante da inércia e do silêncio dos bancos para a apresentação de uma nova proposta que atende de fato aos anseios dos trabalhadores, a orientação do Comando é para a categoria fortalecer ainda mais a greve e intensificar as mobilizações para pressionar os banqueiros a retomar as negociações.

“Nossa greve está forte, mas precisa se fortalecer ainda mais. Vamos conversar com cada bancário e bancária que ainda não aderiu à greve aqui no Pará para virem para o movimento conosco, pois somente com a adesão e mobilização da categoria nessa Campanha Nacional é que poderemos reverter essa situação, no sentido de fazer com que os bancos retomem as negociações e atendam nossas reivindicações. A participação de todos e todas nessa greve ﾩ fundamental para a nossa vitória. Vamos mostrar nas ruas a nossa disposição de derrotar a ganância dos banqueiros, VEM PRA LUTA CATEGORIA!”, conclama a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Bancos assediam para desmobilizar a greve

Nesta sexta-feira (27), o assédio dos gestores de bancos privados foi mais intenso para desmobilizar nosso movimento de greve. Houve alguns casos de tensionamento para a abertura de agências, principalmente do Bradesco e do Itaú. Porém, a orientação do Sindicato é para que os funcionários e funcionárias dos bancos privados não cedam ao assédio dos gestores e mantenham fechadas as agências de bancos públicos e privados em todo o Estado.

“Os banqueiros estão fazendo vista grossa para o nosso movimento e para as nossas reivindicações. A proposta de reajuste de 6,1% que foi apresentada no dia 5 de setembro soou como um deboche à nossa minuta que reivindica não apenas ganho real nos salários e elevação do piso, mas sobretudo melhorias nas condições de trabalho, saúde, segurança, o que não foi contemplado pela proposta da Fenaban. Por isso, não devemos ceder ao assédio em nenhum banco. Temos sim é que fortalecer a greve nessa próxima semana, pois somente com a nossa luta é que teremos vitórias nessa Campanha Nacional”, ressalta o diretor de bancos privados do Sindicato, Saulo Araujo.

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Fonte: Bancários PA