Crédito: Caetano Ribas/Contraf-CUT
Reunião com o HSBC aconteceu em hotel em São Paulo, nesta segunda-feira
Em reunião com o HSBC nesta segunda-feira (29), no Hotel Transamérica, em São Paulo, dirigentes da Contraf-CUT, das federações de Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul e da Bahia e Sergipe - além dos sindicatos dos bancários de São Paulo e da Bahia e da Comissão de Organização dos Empregados (COE) -, reafirmaram o pedido para que seja firmado um documento a fim de garantir a manutenção do emprego aos trabalhadores. O banco decidiu encerrar suas atividades no Brasil e há riscos de demissão.
"Queremos um documento assinado que traga a segurança para o lado mais frágil desse processo de venda, que é o emprego. Esta é uma pauta permanente nos encontros quinzenais com o banco", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten. "O banco está tranquilo porque sabe que vai vender sua mercadoria. O cliente sabe que não vai perder, pois existem mecanismos que lhe garantem. Quanto ao trabalhador, esse não tem nada e é o mais desprotegido", acrescentou.
"Devemos debater maneiras criativas de evitar demissões", defendeu. O presidente da Contraf-CUT disse esperar também que seja incluído no canal de diálogo (as reuniões quinzenais) o novo comprador do banco.
O banco informou que não poderá assinar documento agora garantindo o emprego. E garantiu que não haverá PDV nem demissão fora do turn over normal.
Participaram do encontro, pelo HSBC, Juliano Marcílio, diretor de Recursos Humanos, e Marino Rodilla, diretor de Relações Sindicais.
Além de Roberto von der Ostem, estiveram na reunião os seguintes dirigentes sindicais: Cristiane Zacarias, coordenadora da Comissão de Organização de Empregados (COE) do HSBC; Liliane Fiuza, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo; Elder Fontes, do Sindicato dos Bancários da Bahia e representante da Federação da Bahia e Sergipe; e Danilo Anderson Castilho, diretor do Sindicato de Campinas e representante da Federação de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
GARANTIAS
Para Liliane Fiuza, a maior preocupação é a manutenção de emprego. "Estamos acompanhando cuidadosamente, também, casos de demissões que já ocorreram para saber o motivo". Cristiane Zacarias, do COE, disse esperar que os bancários não sejam esquecidos. "Foram eles que trabalharam nestes 18 anos e garantiram bons resultados ao banco, que devem ser apresentados nesse primeiro semestre", concluiu.
O dirigente Elder Fontes também ressaltou a necessidade de manutenção do emprego, "além da garantia de que nossas conquistas específicas têm de ser preservadas". A preocupação de Danilo Castilho não é diferente. "Estamos atentos a essa questão do emprego e a reunião de 15 em 15 dias, um pedido e uma conquista nossa, ajuda a acompanhar o processo", observou.
Fonte: Contraf-CUT