Belém PA - Improviso em meio às péssimas condições de trabalho. É assim que bancários e bancárias de Tomé Açu, Concórdia do Pará e Quatro Bocas atendem clientes e usuários, que assim como os funcionários, sofrem com o descaso.
“De todas as unidades que visitamos, sem dúvida o Banpará foi onde encontramos os problemas mais graves. As infiltrações são unanimidade e se agravam ainda mais durante esse período de inverno amazônico, colocando em risco até mesmo a saúde de quem passa boa parte do dia nesses ambientes úmidos e fechados”, destaca a diretora de Comunicação do Sindicato, Tatiana Oliveira.
Além de Tatiana (Caixa), a Caravana Bancária nesses municípios contou com a presença das diretoras Tânia Barbosa (BB), Heládia Carvalho (Bradesco) e do diretor José Maria (Banpará), no último dia 18.
Em Tomé Açu, o Posto de Atendimento Bancário do Banpará conta com apenas um caixa que sequer tem um lugar reservado para fazer suas refeições. O ar condicionado não funciona há meses, o espaço não oferece o mínimo de segurança mesmo com a porta giratória. “A sala de auto atendimento aparentemente está nova, mas os terminais não funcionam, o banheiro minúsculo mais parece um depósito e quando chega dia de pagamento do funcionalismo da prefeitura a situação fica ainda pior já que todo o posto é extremamente pequeno”, ressalta José Maria.
Já em Concórdia, o Sindicato visitou o Bradesco e o Banco do Estado do Pará onde improviso é visto por todos os lados. Fitas adesivas são usadas para cobrir instalações elétricas expostas, infiltração e mofo pela parede e mais da metade do piso antiderrapante não existe mais.
Em Quatro Bocas, a entidade percorreu o Bradesco. “Tanto em Concórdia como em Quatro Bocas, as unidades funcionam com o mínimo de funcionários e os itens de segurança são precários”, aponta a diretora do Sindicato, Heládia Carvalho.
Além do Bradesco, a diretoria do Sindicato esteve com os bancários da Caixa para entregar camisas em defesa de um banco 100% público, além de distribuir materiais informativos sobre o assunto.
Na última terça-feira (24), em Brasília, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, teria anunciado que o governo não pretende abrir o capital da Caixa Econômica Federal.
Ainda em Quatro Bocas, dessa vez no BB, água limpa é um líquido pra lá de precioso e quando vem sai em pingos da torneira e quase sempre suja. Além disso, as cadeiras para trabalho são não ergonômicas e ainda estão danificadas. “Junto a todos esses transtornos, os bancários e bancárias ainda tem que usar o próprio celular para fazer ligações de trabalho já que a unidade não dispõe de aparelhos para contato com clientes”, aponta a diretora do Sindicato, Tânia Barbosa.
No Banco da Amazônia, do mesmo município, mais infiltrações. A acessibilidade, que não é comum na grande maioria das unidades bancárias, já está desgastada na agência, colocando em risco clientes e usuários cegos.
Providências – Diante de tantas dificuldades, o Sindicato irá cobrar oficialmente aos bancos públicos e privados a resolução dos problemas citados.
Fonte: Bancários PA