A chapa 2 entrou com representação no Ministério Público do Trabalho, questionando a marcação das eleições para 11 e 12 de fevereiro, colocando em suspeição a lisura do processo e solicitando intervenção do MPT na condução do processo eleitoral e até pedindo medidas impraticáveis e onerosas para coleta de votos, como urnas eletrônicas. Tais urnas não são cedidas em quantidade pela Justiça Eleitoral nem atendem às formas, roteiros e áreas de coletas de votos na categoria.
Em função dessa requisição, depois de já transcorrida, dentro da maior tranquilidade e normalidade, boa parte do processo eleitoral, o MPT convocou audiência nesta quinta-feira (29), às 15h, para que a diretoria do Sindicato apresente o Estatuto da entidade. Nesta oportunidade, a direção do Sindicato, por meio de sua representação jurídica, demonstrará que todas as medidas foram decididas e adotadas rigorosamente de acordo com as determinações estatutárias e conforme a prática convencional e democrática da direção do Sindicato.
A petição da chapa de oposição demonstra inconformidade da minoria com as decisões majoritárias adotadas dentro dos processos democráticos. Assim, só conturba o momento eleitoral, com objetivo de confundir nocivamente parte da categoria e tentar ganhos político-eleitorais. A maioria dos membros da atual diretoria, indignada com a ação dos oposicionistas, entende que a essa chapa busca a judicialização do processo, como já ocorreu no passado, tentando provocar uma intervenção externa desnecessária, injustificável e prejudicial às instâncias de coordenação e decisão da categoria num momento de tamanha importância para os destinos do Sindicato. É uma afronta à independência e capacidade da categoria solicitar a coordenação do processo eleitoral pelo MPT, sem que haja qualquer grave irregularidade, desmandos e ofensa ao estatuto.
A diretoria do Sindicato reafirma que todo o processo eleitoral foi instaurado na primeira quinzena de janeiro, rigorosamente dentro do que manda o Estatuto. Esclarece que a reunião do corpo diretivo ocorreu no dia 3, num sábado, exatamente para possibilitar a presença dos diretores locais e do interior, não liberados do trabalho diário. Trata-se de medida adotada usualmente que permite o maior quorum possível em encontros do diretivo.
A comissão eleitoral que tem o papel de conduzir e promover o processo conforme os ditames estatutários e legais, independente da diretoria, é constituída de forma a dar igual participação às partes concorrentes. O diretivo do Sindicato escolhe um membro para coordenar todos os trabalhos ao lado de um representante de cada chapa concorrente. Além disso, a comissão eleitoral é assessorada por advogados, um do Sindicato e um de cada chapa. O modelo adotado pelos bancários de Campo Grande e Região é considerado o mais democrático entre o que é praticado no meio sindical. Se todos os membros da comissão fossem escolhidos em assembleia, como ocorre em alguns sindicatos, grupos minoritários e chapas concorrentes poderiam, por decisão da maioria presente à assembleia, até ficar sem representantes para ajudar a conduzir o processo eleitoral.
A chapa 2 alega ter ocorrido uma antecipação das eleições. A comissão eleitoral convocou o pleito para fevereiro, em datas rigorosamente dentro do prazo (até março) estabelecido pelo Estatuto. Todos os prazos são iguais para os concorrentes, não havendo motivos ou irregularidades que justifiquem a alegação.
A petição da oposição é assinada pelo atual diretor jurídico do Sindicato (dissidente da atual diretoria e funcionário da Caixa) que compõe a chapa 2. Sua representação causa surpresa e repulsa, pois caberia a ele, como dirigente da área, ao longo dos seus quatro anos de mandato ter tomado iniciativa para buscar alterar supostos equívocos do processo eleitoral. No entanto, não manifestou qualquer discordância durante toda a gestão, reforçando interesses obscuros, danosos aos interesses da categoria, na petição que apresentou.
A diretoria do Sindicato estranha também essa postura da chapa da oposição, já que parte dos seus integrantes, inclusive o que assina a petição, participou das alterações estatutárias e da aprovação do Estatuto em vigor no final dos anos 2000.
A diretoria do Sindicato reafirma a lisura de todo o processo, a conformidade de todas as medidas às normas estatutárias e o respeito absoluto à vontade da categoria e que continuará agindo com rigor e transparência, como sempre, para garantir a realização do pleito democrático.
Fonte: SEEB/Campo Grande MS