(Cuiabá-MT) - O segundo dia de debates da AGO da Fetec-CUT/CN, foi aberto pelo presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários Carlos Cordeiro que realizou uma avaliação da Campanha Salarial 2013 e desafios para 2014.
Para Carlos Cordeiro “Carlão” tivemos uma greve vitoriosa, apesar do cenário de terrorismo econômico que estava presente nos primeiros momentos que antecederam a Campanha Salarial Unificada dos Bancários 2013.”
Segundo o presidente da Contraf-CUT a estratégia da Fenaban foi a de empurrar os bancários para a greve. “Por outro lado, os bancários apostaram na ousadia, na unidade e principalmente na mobilização da categoria e por isso realizaram a maior greve dos últimos 20 anos”, destacou o presidente.
Ao contrário de muitas avaliações de que a greve dos bancários atualmente não afetaria mais os o funcionamento dos bancos, devido ao alto grau de informatização dos serviços bancários, esse ano foi possível verificar pela imprensa informações onde setores reclamavam dos prejuízos provocados fechamento dos bancos. Segundo a empresa Serasa Experian a greve dos bancários, iniciada na segunda quinzena do mês de agosto, afetou a busca por recursos em setembro em quase 10%. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) também afirmou que o comércio estava sofrendo com a paralisação dos bancos e pediu que houvesse um acordo entre trabalhadores e empresários.
"Impulsionada pelo mote 'Vem pra luta', foi a campanha da ousadia, da mobilização e da unidade da categoria, conquistando aumento real de salário pelo décimo ano consecutivo, valorização do piso e melhoria da PLR. Os bancários deram mais uma grande demonstração de força, quebrando a intransigência dos bancos, que este ano tinham a estratégia clara de acabar com os ganhos acima da inflação para reduzir custos, de vencer os bancários pelo cansaço e de punir os grevistas com o desconto dos dias parados", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Destacou algumas conquistas como o avanço na saúde e nas condições de trabalho: dentre elas, a proibição da cobrança por mensagem eletrônica e a instalação do grupo de trabalho sobre as causas de adoecimento da categoria e a concessão de um dia de folga-assiduidade para cada trabalhador.
A conquista do vale-cultura, para os bancários que ganham até cinco salários mínimos assim como o não desconto integral dos dias parados, compensados 1 hora por dia até 15 de dezembro 2013.
“A proposta inicial da Fenaban era ser compensado em 6 meses. Por isso travamos as negociações até que esse impasse fosse resolvido”, destacou Carlos Cordeiro.
Apesar de várias conquistas e vitórias contabilizadas existem temas que precisaremos avançar em 2014. “Não andamos, ou andamos muito pouco, na questão do emprego e na questão da segurança bancária”, lamentou Cordeiro.
Desafios 2014
“Nosso grande desafio para 2014 é chamar negociações por bancos e por temas: Saúde, Igualdade de Oportunidades, Terceirização e Segurança serão nossas prioridades”, avaliou Cordeiro acrescentando que os bancários terão também dois Grupos de Trabalho - GT de novas tecnologias e GT da PLR.
Grandes temas a serem debatidos com a sociedade:
- Reforma Política – Financiamento Público de Campanha
- Conferência Nacional do Sistema Financeiro
- Democratização da Comunicação
- PL 4330 e PSL 447
Caixa
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, avaliou que os empregados da Caixa tiveram avanços importantes na campanha salarial 2013, consolidando um processo que vem desde 2003. Isso tudo, segundo ele, graças a uma forte mobilização nacional, estando os trabalhadores da empresa de parabéns por sua capacidade de luta e maturidade. Disse que é inconcebível pensar, nesse momento, em desfazer a mesa única de negociação.
Veja aqui matéria sobre acordo aditivo da caixa e seus avanços.
BRB – BASA - BRB
A dirigente da Fetec-CUT/CN Vera Paoloni que participou do processo de negociação do Banpará destacou as dificuldades e as conquistas alcançadas para os trabalhadores desse banco. Além dela o vice-presidente da Fetec-CUT/CN, Sérgio Trindade avaliou a campanha no Banco da Amazônia e o Secretário Jurídico da Fetec-CUT/CN Juliano Braga sobre o Banco Regional de Brasilia – BRB.
Fonte: Fetec-CUT/CN com informações