Belém PA - A insatisfação das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros com o projeto da terceirização, além da perda de outros direitos trabalhistas levou o Sindicato dos Bancários, junto com as centrais sindicais – CUT, CTB, CSB, CSP-Conlutas, Nova Central e UGT, para as ruas desta manhã de sexta-feira (29), Dia Nacional de Luta.
A mobilização que teve concentração na Praça da República começou desde as 7h30, com distribuição de panfletos em frente a matriz do Banco da Amazônia. Com banners, carro de som e panfletagem as centrais presentes denunciavam o ajuste fiscal e a terceirização que tentam a qualquer custo tirar os direitos conquistados de cada trabalhador.
A mobilização é também uma resposta às medidas provisórias 664 e 665, aprovadas essa semana no Senado, como parte dos ajustes fiscais anunciados pelo governo, em 2015. A manifestação também defende a democracia.
Da Praça da República, os trabalhadores e trabalhadoras seguiram em caminhada pelas ruas da capital paraense.
Insegurança no Pará
As centrais sindicais também afirmaram sua total preocupação com a onda de violência que se instalou em todo o Estado. No último fim de semana, 21 mortes foram registradas na RMB e outras 20 no interior. De lá pra cá pelo menos um assalto com refém ou troca de tiros com vítimas tem sido registrado, por dia, na Região Metropolitana.
Mesmo com tantas mortes, o último fim de semana foi considerado “atípico” pelos órgãos de segurança durante coletiva com a imprensa. Entre os casos que mais chocaram estão a morte de uma criança, no conjunto Júlia Sefer, em Ananindeua, e o assassinato de dois estudantes universitários, um no sábado (23) e outro na segunda-feira (25), ambos em Belém.
O policiamento que a população gostaria de ver todos os dias na rua esteve com boa parte da sua Tropa de Choque, o que incluiu 7 viaturas, concentrada manifestação dos trabalhadores, que foi pacífica e legítima. Para os manifestantes, a ação adotada pela polícia durante o ato foi desnecessária e deixou a cidade mais livre para a ação de criminosos.
A passeata da classe trabalhadora pediu paz no Pará, tendo em vista o medo que paira sobre todos os cidadãos e cidadãs paraenses, que já não podem sair de casa para trabalhar com tranquilidade e voltar em segurança.
Fonte: Bancários PA, com informações da Contraf-CUT