Brasília - A partir de informações preliminares do BRB, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2014 pode não ser paga integralmente. Isto porque duas metas globais não foram atingidas: o resultado comercial e a recuperação de créditos.
Conforme acordo que regula o pagamento da PLR, quando as metas globais não são atingidas, os percentuais referentes a estas metas não serão pagos, o que poderá representar uma diminuição de 25% para gerentes e até 15% para escriturários e caixas. Aliado a esta situação que atinge o banco como um todo, há informações preliminares que apontam que quase a totalidade das agências também não atingiram metas principalmente relacionadas a estes dois produtos acima citados.
Diante desta constatação, e apoiado no acordo de pagamento da PLR, o Sindicato já procurou o banco para cobrar uma saída, uma vez que há cláusula no acordo que prevê alterações de metas em função de mudança de cenário, o que de fato ocorreu no decorrer do segundo semestre, pois a própria expectativa econômica se deteriorou ao longo daquele período, o que se refletiu em um desempenho aquém do esperado por quase toda a totalidade do sistema financeiro, particularmente no que se refere ao resultado de carteiras comerciais, pois, conforme a imprensa tem divulgado, houve um decréscimo na busca por novas operações.
Alteração das metas
“O banco deveria estar atento a isto naquele período, pois era fundamental alterar as metas em face de uma realidade adversa que se materializava para todo o sistema. Infelizmente o banco não o fez. Porém, o Sindicato acredita que ainda haja espaço para estas correções como mecanismo de evitar mais uma frustração para os funcionários”, observou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.
O Sindicato, além de exigir uma solução da atual administração, também reforçará a cobrança ao presidente indicado para assumir o BRB, Vasco Gonçalves, em audiência que ocorrerá nos próximos dias.
“Esperamos que o Conselho Diretor e toda a diretoria tenham sensibilidade em face desta situação, pois, caso isto não ocorra, será mais uma decepçᆪo com a gestão que ora se despede do BRB”, finaliza o diretor do Sindicato Daniel de Oliveira.
BRB pode perder exclusividade do consignado
Por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), ocorrida na semana passada, o BRB está correndo o risco de perder a exclusividade na concessão de empréstimo consignado aos servidores do GDF.
A decisão tomada pelo TJDFT refere-se à situação dos funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). No entanto, por analogia, a situação dos demais servidores poderá ser questionada, e a exclusividade para todos poderá cair, fazendo com que uma importante fonte de receita para o BRB seja perdida.
Segundo o banco, o GDF vai recorrer da decisão tomada pelo TJDFT. O recurso será interposto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a quem caberá dar a palavra final sobre a situação.
O Sindicato espera e cobra empenho do GDF na defesa desta exclusividade, pois o atual secretário de Fazenda e o presidente do Conselho de Administração do BRB, Leonardo Colombini, tem um histórico de serviços prestados aos governos do PSDB de Minas Gerais, o que coloca uma grande preocupação aos servidores do BRB, pois o PSDB, quando esteve à frente dos governos de Minas Gerais, além da adoção de políticas de caráter neoliberal, privatizou bancos públicos daquele estado: Bemge e o Credireal
“O governador Rollemberg afirmou em campanha, e enquanto governador eleito, que valorizaria o BRB. Esperamos que não tenham sido palavras em vão, e que ele efetivamente se empenhe em defender este patrimônio do BRB”, afirmou o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa, que também é bancário do BRB.
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação