Notícias

home » notícias

28 de Novembro de 2013 às 16:11

28/11/2013 - "Caixa coloca em risco a saúde dos empregados", denuncia Seeb/Pará


(Belém-PA) - No edifício sede da Caixa Econômica Federtal em Belém os empregados foram induzidos pela empresa a consumir água contaminada, durante um período de 30 dias, de meados de outubro a meados de novembro desse ano. Conforme o laudo apresentado pela GILOG/BE aos funcionários “a amostra da água utilizada neste Ed. Sede apresentou Coliformes totais, Cloro livre e cor aparente fora dos valores de referência, portanto não possui potabilidade”. (Clique aqui e leia o laudo na íntegra)

Uma alteração recente no normativo AD143 instituiu uma nova rotina, determinando a suspensão da centralização de compra e distribuição de água mineral pelas GILOG's às unidades e a utilização de água do sistema público de abastecimento para o consumo humano, com a utilização de filtros de água.

A redação do normativo mostra claramente a preocupação única da empresa em reduzir os gastos com a aquisição de água mineral, em detrimento das condições de saúde de seu quadro funcional. Para tanto, basta observar a lista de argumentos apresentada no referido normativo, pois dos seis argumentos apresentados, cinco são relacionados aos custos.

Vejamos o item:

“6.2.3.1 Na utilização do sistema de galões, diagnosticou-se:

. O custo com o controle de galão/vasilhame é do usuário, no caso, a CAIXA;
. Há a aquisição contínua de vasilhames em função de quebra de galão e a necessidade de reposição;
. O custo com espaço para estocagem de galões vazios;
. A higienização de galão não tem sido realizada de forma adequada, o que pode gerar problema de saúde dos usuários;
. A depender do clima, há aumento do consumo de água, demandando entregas emergenciais, o que influi na gestão orçamentária;
. Não identificação de custo global com contratação de água na CAIXA;”

O referido normativo cita genericamente que “estudos da ANVISA tem demonstrado que o sistema de abastecimento de água por meio de garrafões não é dotado de boa higienização”. No entanto, não cita nenhum estudo que comprove que a água proveniente dos sistemas públicos de abastecimento é adequada para consumo ou que esteja compatível com as exigências dos fabricantes dos filtros instalados nas unidades da Caixa, os quais em suas especificações informam que filtram somente resíduos sólidos, não eliminam bactérias e demais micro organismos.

A situação é mais crítica nas unidades de ponta, pois muitas armazenam água em cisternas e caixas d’água com longo tempo de uso e que raríssimas vezes foram higienizadas. Em que pese a possibilidade das unidades solicitarem suplementação de valores de pronto pagamento, essas unidades acumulariam mais uma tarefa a realizar, somando-se às infinitas outras tarefas diárias.

“É urgente que a CAIXA retome a rotina anterior e realize estudos prévios para realizar qualquer alteração nesse procedimento, pois da forma como foi implantado está colocando em risco a saúde dos empregados e criando mais uma tarefa administrativa para as unidades. Em diversas agências os empregados estão sendo obrigados a fazer coletas para poder continuar consumindo água mineral, pois é possível observar a 'olho nú' que a água que sai dos filtros instalados recentemente não possui condições para consumo”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e empregado da Caixa, Heider Costa.

Essa situação calamitosa foi encaminhada ao coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Jair Pedro Ferreira, para ser debatida com a empresa na reunião do fórum paritário que estava prevista para acontecer nesta quarta-feira, dia 27.

“O consumo de água é algo fundamental na vida de qualquer pessoa em seu dia-a-dia, por isso a CAIXA deveria ter mais rigor em relação a água que fornece a seus empregados, pois trata-se de um elemento que atinge diretamente a saúde das pessoas. Se a campanha institucional da CAIXA afirma que a vida pede mais que um banco, nós pedimos que a CAIXA tenha mais responsabilidade com a saúde e a vida de seus empregados”, critica a diretora do Sindicato e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.


Fonte: Bancários PA


Notícias Relacionadas