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27 de Maio de 2015 às 23:00

28/05/2015 - Bancários param por duas horas e cobram respeito do BRB


Brasília - Respeito da diretoria do banco, com a valorização do corpo funcional e cumprimento dos acordos com a categoria. Esse foi o recado dado pelos trabalhadores do BRB nesta quarta-feira (27), que, com o apoio do Sindicato, cruzaram os braços por duas horas (das 11h às 13h) em todo o Distrito Federal.

“Esse foi o primeiro ato de um processo crescente de mobilização em que os funcionários do BRB pedem respeito da atual direção do banco, que tem atacado os trabalhadores em diversos setores. A gota d’água foi o não pagamento da PLR com a interpretação equivocada do acordo coletivo”, afirma o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, destacando que a adesão foi massiva. 

Além das paralisações dos bancários, o Sindicato organizou um ato em frente ao Edifício Brasília, sede do BRB, para reivindicar uma postura diferente da direção da empresa. Durante a atividade, diretores do Sindicato também denunciaram a postura de assédio moral disseminada em diversos setores da instituição. Bancários estão sendo pressionados a retirar ações trabalhistas sob ameaças de descomissionamento.

“O BRB não pagou a PLR e não justificou essa atitude perante o corpo funcional. A paralisação de hoje demonstra a insatisfação dos bancários. Essa direção está deixando uma tremenda frustração para os trabalhadores, já que está na presidência um funcionário de carreira que deveria entender os anseios dos bancários”, frisa André Nepomuceno, diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

‘Pacote de maldades’

Na lista de desrespeito da direção do BRB para com os trabalhadores constam: o não pagamento da parte linear da PLR; reestruturação que tem gerado perda de substituições nas agências, com a ida abrupta de funcionários da DG para os PAs; indefinição quanto à situação dos gerentes de negócio que aguardam efetivação; reencarteiramento nos PAs, o que gerou diminuição de gerentes de negócios e tem contribuído para uma sobrecarga aos gerentes remanescentes, com piora evidente no atendimento, o principal ativo do BRB.

Além disso, há a instituição da planilha de produção diária que pode servir ao péssimo comportamento de assédio moral; o descaso quanto à segurança na área da TI, que teve dois assaltos a mão armada em pleno dia, no último mês; e um clima de terror entre os gerentes, com a divulgação de uma suposta “política de consequências”, que poderia chegar ao cúmulo de imputar a eles responsabilidade por perda, mesmo se as operações forem feitas de acordo com o que o banco determina.

Privatização do BRB

Os trabalhadores também reivindicam explicações sobre o projeto de lei enviado pelo governo Rollemberg para a Câmara Legislativa prevendo a venda de ações do BRB, o que pode significar a abertura para um processo de privatização do banco.

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília

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